100 ESCOLAS BRASILEIRAS COM MAIOR DESEMPENHO ESTÃO NO NORDESTE

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Maior desempenho nos anos iniciais são todos do nordeste

As 100 escolas públicas do país com melhor desempenho educacional nos anos iniciais do ensino fundamental – do 1º ao 5º anos – são todas elas da região Nordeste. O Ceará concentra o maior número de unidades que lideram o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – principal indicador de qualidade da educação do Brasil. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (14) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e Manuel Palácio, presidente do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

Das 100 escolas com melhores resultados, 67 são escolas públicas do Ceará, 32 são de Alagoas e uma de Pernambuco. A média dessas unidades é muito superior à dos colégios particulares do país, que foi de 7,2. No IDEB 2023, 21 escolas municipais atingiram a nota máxima do indicador, que varia de 0 a 10. A cidade de Sobral (CE) reúne cinco das unidades com média 10, no IDEB. Mucambo, Pires Ferreira e Cruz, também no Ceará, têm duas unidades com nota máxima. Coruripe (AL) tem duas escolas cuja média é 10.

A média no Brasil, referente aos anos inicias chegou a 6 no IDEB de 2023, alcançando a meta que era prevista para 2021. Entre as escolas da rede pública, a média foi de 5,7 – ligeiramente abaixo do projetado, que era de 5,8.

Os três estados com melhor resultado nessa etapa de ensino seguem uma política semelhante: um sistema organizado de colaboração, entre estado e municípios, a inspiração e adaptação de experiências exitosas e a reação pedagógica diante dos resultados de índices educacionais.

O sistema de colaboração usado por esses estados surgiu com o Paic (Programa de Alfabetização na Idade Certa) a partir de 2007. O plano é apontado como um dos responsáveis pelos resultados positivos a que chegaram as escolas do Ceará e que depois foi replicado em outras redes.

Outro ponto central da política do Ceará foi a criação do ICMS Educacional, que inspirou mudanças na lei do Novo Fundeb. A regra estabelece a distribuição de ao menos 10% da cota municipal do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de acordo com indicadores de melhoria na aprendizagem e na equidade do sistema educacional.

ENTENDA O IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado pelo INEP em 2007 para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. O indicador é calculado para cada escola, município e estado, além de ter médias nacionais.

O IDEB é formado por dois fatores: desempenho dos estudantes no Saeb – Sistema de Avaliação da Educação Básica -; as provas de matemática e português são aplicadas a cada dois anos taxas de aprovação escolar Com esses dois componentes é calculado o índice, que varia de 0 a 10.

O IDEB estabelece metas?

Sim. Quando o indicador foi criado, foram estabelecidas metas para ser alcançadas até 2021: para os anos iniciais do ensino fundamental  – do 1º ao 5º ano – a perspectiva era que o país alcançasse uma média igual ou superior a 6. Para os anos finais (do 6º ao 9º ano), a meta era alcançar a média de 5,5. Já para o ensino médio, a meta era de 5,2 pontos. Cada escola também teve metas calculadas individualmente. Como as metas não houve a formulação de um novo modelo do IDEB, só há metas até 2021. Assim, nesta edição de 2023 o indicador não há metas para serem alcançadas.

Há críticas ao IDEB?

A principal crítica é de que o indicador é de difícil interpretação e, por isso, pouco ajuda gestores escolares e professores a entender o nível de aprendizado de seus estudantes e como esses resultados podem indicar melhores estratégias de ensino. Especialistas também avaliam que as metas e as formas de avaliação do SAEB estão defasadas e não refletem o que atualmente é considerado como uma aprendizagem adequada. Ainda há críticas ao formato de cálculo do IDEB, que não mede as desigualdades educacionais. Assim, a busca pela melhora no indicador pode levar as redes de ensino à exclusão de estudantes com mais dificuldade.

Por Agência Brasil

Fotos: Divulgação

 

Redação
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