CIDADES BEM GOVERNADAS

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Por José Avelino Santana

Normalmente, pensar uma cidade é se concentrar na sua realidade urbana, na habitação, no saneamento, na infraestrutura, na educação, na segurança e (principalmente) na mobilidade urbana como: ruas bem cuidadas, calçadas em condições de atender as demandas de pessoas normais e deficientes, ciclovias planejadas, sinalização e controle do tráfego que funcionem etc. Entretanto, também é fundamental considerar a inclusão social, a sustentabilidade ambiental, cultural e a produtividade econômica como variáveis importantes que qualifiquem a vida e a economia de uma comunidade.

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Estudos recentes (feitos por especialistas dentro e fora do país) têm demonstrado que, salvo raras exceções, as cidades do chamado 3º mundo vêm tendo seus problemas agravados costumeiramente. Entre os principais motivos estão a fragilidade do transporte público e a proliferação dos automóveis, o aumento das ocupações inadequadas nas periferias, além da insegurança e, especialmente, a precariedade no atendimento à saúde da população mais carente. Por isso, cabe aos governantes e a toda a sociedade pensar melhor as cidades, colocá-las no centro dos debates, pois é nesse território e nesses aglomerados populacionais que todas as coisas acontecem. O certo é que aqui pelas bandas da Costa Esmeralda, ocorre em quase todas as nossas cidades um esgotamento nos modelos de gestão tradicionais. Faltam recursos (é verdade) e a dimensão dos problemas vem assumindo grande complexidade, porque tudo é integrado e tudo se relaciona. Sem uma boa dose de inovação e articulação política para conquistar recursos e investimentos, é quase impossível alcançar a prosperidade.

Ora, se toda a energia e o capital da comunidade são destinados ao atendimento daquilo que faz parte de uma realidade empobrecida e desigual, tem de acontecer muita coisa extraordinária para a mudança, as melhorias necessárias e o desenvolvimento sustentável. O novo mundo urbano exige emprego para todos, serviços públicos que facilitem a vida das pessoas, segurança e possibilidade de interações que facilitem as relações e os laços culturais. Temos isso por aqui? Pois é nesse contexto que nossa percepção quase que generalizada aponta ser de “ineficiência”.

Os serviços públicos por estas bandas, transmitem a sensação de que não estão sendo eficazes. O desafio, portanto, a partir dessas constatações é, como superar as deficiências para alcançar a satisfação dos cidadãos. Não temos dúvidas de que a solução passa por uma conjugação de políticas públicas e a capacidade de geração de empregos. A renda segura e a garantia de poder trabalhar é o maior anseio de todos. Nesse espaço é sabido que não basta o estímulo e a indução do poder público, mas também o espírito empreendedor de toda a sociedade. Mas é preciso saber se essa sociedade está preparada para ampliar e receber investimentos, a fim de que amplie seu leque de oferta de vagas. No mais, é termos de parte de quem comanda as nossas cidades, uma incessante boa gestão dos recursos para atender aquilo que é essencial, como segurança, saúde, educação, transporte e meio-ambiente.

Mesmo assim, persiste a indagação de como transformar uma cidade para alcançar os objetivos de ser bem governada. Podemos afirmar que é imprescindível o processo participativo, o debate permanente sobre as prioridades, as realizações e a transparência sobre as ações de governo. Ademais, as cidades bem governadas são as que têm um planejamento de médio e longo prazos que viabilizem suas potencialidades. Fica a pergunta: nossas cidades estão sendo bem geridas e bem planejadas nos itens que apontamos?

Qualquer semelhança com nossa querida Itapema, pode ser mera coincidência! Mas é? A decisão sobre esta indagação é inteiramente dos nossos cidadãos. E você, meu caro amigo, qual o seu pensamento sobre?

José Avelino de Santana Neto, editor há 22 anos no Folha do Estado, jornalista  (DRT3982/SC) graduando em Gestão Pública/Uninter, empresário no ramo da construção civil, consultor em Gestão Pública e Empresarial. O profissional em Gestão pública pode ocupar cargos em ministérios, secretarias, agências federais e no poder executivo em geral, além de trabalhar em ONGs em grupos empresarias. Também há espaço em fundações e empresas privadas que possuem projetos em parcerias com o poder público.

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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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