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22 DE AGOSTO – DIA DO FOLCLORE

RELEMBRAR TAMBÉM É VIVER

O Congresso Nacional Brasileiro oficializou, em 1965, que todo dia 22 de agosto “será destinado à comemoração do folclore brasileiro”. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e os personagens do nosso folclore. Dessa forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois a data possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.

Por L. Pimentel

MAS O QUE É O FOILCLORE

O folclore vem do inglês Folk, que significa gente ou povo, e Lore, que quer dizer conhecimento – que são os usos populares constituídos pelos costumes – que são tradições transmitidas de geração a geração. Todos os povos possuem suas tradições, crenças e superstições, que são transmitidas através das tradições, lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.

CRIAÇÕES CULTURAIS

A UNESCO declara que folclore é sinônimo de cultura popular e representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, e é também uma parte essencial da cultura de cada nação. Devemos lembrar que o folclore não é um conhecimento cristalizado, embora se enraíze em tradições que podem ter grande antiguidade, mas transforma-se no contato entre culturas distintas, nas migrações, e através dos meios de comunicação onde se incluiu recentemente. Parte do trabalho cultural da UNESCO é orientar as comunidades no sentido de bem administrar sua herança folclórica, sabendo que o progresso e as mudanças que ele provoca podem tanto enriquecer uma cultura como destruí-la para sempre.

O chimarrão faz parte do folclore gauchesco

O vocábulo “Folclore” foi criado pelo inglês Willian John Thoms, que publicou na revista londrina “The Atheneum” um copioso apelo sobre a necessidade de juntar-se às esparsas e raras espigas remanescentes da cultura tradicional dos diversos povos da terra. Na mesma ocasião (22 de agosto de 1846) discorreu sobre o significado dessa nova palavra, cuja explicação citamos no início deste texto: Folk e Lore. Mais tarde passou-se a escrever “Folklore” sem o hífem, e depois com “C” no lugar do “K”. Esse termo passou a ser adotado mundialmente com o significado de “conjunto de costumes remotos dos povos”. Hoje o folclore é uma ciência e seu dia é comemorado nesta data, 22 de agosto.

Lendas do folclore brasileiro

São elas: Mula sem cabeça, Iara, Saci pererê, Caipora, Curupira, Boto cor de rosa, Negrinho do pastoreiro, Cuca, Boi tatá, Cobra grande, Vitória régia, Cumadre fulozinha, Lobisomem e a Erva-mate.

O folclore é essencialmente popular e tradicional, ainda que nem tudo que seja popular e tradicional seja folclórico. O que caracteriza o fato folclórico é exatamente ser popular, tradicional, porém, sem que se conheça a sua autoria. Folclore é aquilo que aprendemos através de nossas lides e que vem sendo transmitido de geração a geração sem que se conheça seu autor ou sua origem. (Ex. O que é o que é? Cai de pé, corre deitado!)

Outro exemplo são as quadrinhas populares e as anedotas que devem ter tido um autor. Todavia o uso popular as transforma, torce e modifica, lhes apagando a origem, transformando-as em “fato-folclore”. Essas transformações, no entanto, não modificam a sua essência, mas servem para adaptá-las às variantes da região onde se encontram. Essas coisas não se aprendem na escola, a transmissão é feita boca a boca pela ação do grupo local.

AS DANÇAS TAMBÉM FAZEM PARTE DO FOLCLORE

As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Essas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos. No Rio Grande do Sul, tem-se nos CTGs as maiores representações no que tange as danças regionais, especialmente com participação dos Centros de Tradição Gaúchas no ENART (maior evento regionalista de danças do sul do País). Mas também em Santa Catarina e no Paraná, além de alguns outros estados da federação, que também possuem os seus CTGs pela migração de muitosd gaúchos que deixaram o Rio Grande para se radicar em outras plagas. No termos de Brasil, em todas as regiões de norte a sul de leste a oeste há diversas modalidades de danças como: Maracatu, Samba, Frevo, Baião, Catira, Quadrilha, além de elementos afro-brasileiros, indígenas, europeus e asiáticos.

 

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