CONTO: É fim de ano, não fim do mundo

A diretora diz que não adianta pensar em fazer, tem que fazer

Finalmente chegamos oficialmente em dezembro, o mês mais curto do ano. E, aparentemente, o com o maior potencial de compromissos também. Afinal, são as compras de natal, a decoração da casa, as confraternizações de final de ano e aquele corre-corre como se o mundo fosse acabar no dia 31. Dá falta de ar só de pensar em tudo isso! 

Não sei você, mas eu sempre fui aquela pessoa que queria dar conta de tudo. O tempo todo tentando encontrar mais um espacinho na agenda para conciliar o que aparece. Demorei um bocado de finais de ano para entender que, se no papel o compromisso até cabe apertadinho, as horas não dão essa mesma colher de chá. Não dá para esticar o tempo. Ele é sempre soberano.

E, então, quando tentamos passar a perna em Cronos, o deus do tempo cronológico, o que poderia ser fonte de prazer, vira estresse. A sequência de check list fica com cara de gincana. Venceu se conseguiu terminar tudo. Mas aí vem a pergunta de Kairós, o deus do tempo bem vivido: com que qualidade?

Por isso, quando a folha do calendário começa a querer voar, puxo as rédeas de mim mesma. Vou mais devagar. Aceito que não dá pra ver todos os amigos antes que o ano acabe. E tudo bem. É só o ano que termina, não o mundo. Preciso escutar a mim mesma para, aos pouquinhos, me despedir do ano que se finda e abrir espaço para o que chega. Desta vez, inclusive, reservei tempo para uma experiência diferente, e essencialmente oportuna: desacelerar os ponteiros, contemplar o instante. É a Experiência Vida Simples Cerimônia do Chá.

A Laura Torrezan, nossa colunista, psicanalista clínica, mestra em chá e meditação, vai conduzir umCerimônia do Chá no próximo domingo, dia 7/12.

Vamos justamente na contra-mão da correria para desacelerar e terminar o ano reorganizando a mente, acalmando o corpo e desfrutando de uma cerimônia que percorre os cinco sentidos. É sentir o aroma do chá, observar a água em movimento, escutar o silêncio, tocar o calor da xícara, saborear o instante. Uma meditação ativa para trazer cuidado para corpo e mente, já tão arrefecidos pelo final do ano.

Será um momento intimista, para olhar nos olhos, encontrar centramento, se ouvir a partir de dentro. São poucos lugares, mas dá para reservar o seu. Além da experiência, você leva para casa a edição de Vida Simples e um mimo da Talchá.

Em tempos tão acelerados, são nos rituais que eu firmo a minha intenção e o meu cuidado. Neste domingo que está começando, preparo uma xícara de chá, dou pequenos goles e me lembro: desfrutar não é fazer mais. É fazer com presença. É dançar com os dias, em vez de correr sobre eles.

Uma semana de presença, de aqui e agora. E te encontro domingo que vem,

Débora Zanelato (@deborazanelato)

Diretora de Conteúdo da Vida Simples

 

Redação
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