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ANDERSON TORRES E EX-CHEFE DA PF DIZEM TER IDO À BAHIA VISITAR OBRAS

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CÚPULA DA PF NO ESTADO DIZ QUE MOTIVAÇÃO FOI POLÍTICA

FOTO: Márcio Nunes, ex-diretor-geral da Polícia Federal — Foto: Tom Costa/MJSP

Reportagem de César Trali, do G1 da Globo, o ex-diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, que prestou depoimento nesta quinta-feira (11) em inquérito que apura suspeita de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) agiu para dificultar o acesso de eleitores às urnas.
O ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes, prestou depoimento nesta quinta-feira (11) à tarde no inquérito sigiloso que apura a suspeita de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) agiu para dificultar o acesso de eleitores às urnas, especialmente no segundo turno, no Nordeste. O principal investigado é o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
De acordo com o G1, o depoimento, segundo fontes da investigação, Márcio Nunes alinhou o discurso ao do ex-ministro. De acordo com as fontes, o então diretor-geral da PF disse que foi à Bahia com Anderson Torres para visitar obras na superintendência regional e teriam aproveitado a viagem para conversar sobre a estrutura de policiamento no segundo turno.
Mas o depoimento de Márcio Nunes – assim como o de Anderson Torres – não convenceu os investigadores, que enxergam conflitos e contradições com as circunstâncias que de fato ocorreram. De acordo com os 3 delegados que integravam a cúpula da PF na Bahia à época, a motivação da visita de Torres e Nunes foi política. Não era esperada. Foi de última hora e pegou a todos de surpresa.

FOTO: Ex-ministro da Justiça Anderson Torres, durante audiência em comissão na Câmara em 2022 — Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

A reunião foi na terça-feira, 25 de outubro, por volta das 11h. Durou meia hora. Segundo os delegados presentes, Anderson abriu a conversa dizendo que estava preocupado com crimes eleitorais, especialmente compra de votos, porque teve notícias de compra de voto na Bahia no primeiro turno. E que seria importante a PF reforçar a presença nas ruas com 100% do efetivo, se possível. E sugeriu atuação conjunta com a PRF.
Depois do encontro, recebido com desconfiança pelos delegados presentes, eles saíram para almoçar. O almoço atrasou e quase que não dá tempo de visitar a obra da reforma da sede da PF. Ou seja, para a cúpula da PF na Bahia, o escopo da viagem nunca foi visitar a reforma do prédio da corporação. A tônica da visita foi eleições.

OS TRÊS DELEGADOS SERÃO OUVIDOS PELA PF

Os investigadores vão ouvir agora os três delegados que cuidavam da PF na Bahia: O ex-superintendente Regional, Leandro Almada; ex-Delegado Regional Executivo, Flavio Albergaria; e o ex-Delegado de Combate ao Crime Organizado, Marcelo Werner.
Atualmente, Almada é superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Albergaria ocupa este mesmo cargo na PF da Bahia e Werner é secretário de Segurança Pública do estado.

Redação
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