ARTIGO: NESTE ANIVERSÁRIO DE 141 ANOS NADA MAIS OPORTUNO QUE ESTE PEQUENO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMBORIÚ

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Camboriú, uma cidade bucólica e pitoresca na região do Vale do Itajaí

Camboriú é um município do estado de Santa Catarina localizado a uma latitude 27º01’31” sul e a uma longitude 48º39’16” oeste, estando a uma altitude de oito metros a nível do mar. Sua população (senso de 2022) é de 103.074 habitantes. O município possui uma área de 214,5 km².

O topônimo “Camboriú” é uma referência ao Rio Camboriú. É um nome com origem na língua tupi que significa “Rio dos Robalos“. Há quem afirme que a palavra Camboriú também significa “onde camba o rio”, ou, onde o rio faz a curva. Outra hipótese ainda é a de que essa origem indígena se inspira no relevo da Pedra Branca, morro que lembra um seio de mulher e que é visível de diversos pontos do município. De acordo com Patrianova, em seu Pequeno livro, Cambu, significa mamar e Ryry, que é igual a Ruru e que é igual a Riú, significando recipiente de mamar, ou seja, um seio.

HISTÓRIA: OCUPAÇÃO PRÉ-CABRALIANA

Até o século XVI, a região era ocupada pelos índios carijós, os quais foram escravizados em massa pelos moradores de São Vicente. O primeiro colono de origem européia por aqui, foi Baltazhar Pinto Corrêa, natural de Lamego. Conforme croqui de sua sesmaria, ele aportou no Canto Norte da Praia – que até hoje leva seu nome: Praia do Corrêa. Ele assentou seus primeiros colonos onde hoje é o bairro da Barra – atualmente pertencente a Balneário Camboriú – e lá fundaram o Arraial de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Construiu-se também a capelinha Santo Amaro – existente no local até os dias atuais. Outros colonos ocuparam o Canto da Praia e a Praia Brava, conforme o documento de sesmaria, por isso esse bairro se chama Bairro Vila dos Pioneiros – também no município vizinho. Em busca de terras férteis, o vale do Rio Camboriú foi aos poucos sendo ocupado, formando povoados como o São Francisco – também chamado de Barranco – e a Vila Garcia, locais hoje intensamente povoados.

PERÍODO IMPERIAL – MONARQUIA BRASILEIRA

Camboriú foi emancipada de Itajaí em 5 de abril de 1884, elevando-se à categoria de vila. A sede do município, localizada na Barra, logo foi transferida à Vila do Garcia, devido ao seu vertiginoso desenvolvimento, onde hoje está o atual centro da cidade e principal núcleo populacional do município.

DO GOLPE REPUBLICANO ATÉ OS DIAS ATUAIS

economia da cidade, na primeira metade do século XX, era desenvolvida com um vigor relativo, em virtude da exploração do mármore e do granito, onde suas jazidas eram abundantes; e da cultura do café, o que elevou Camboriú a líder estadual de produção dessas duas atividades. A agricultura era, por conseqüência, sua principal fonte de renda, contando com as culturas do arrozmilhoaipimtrigofeijãobananacana-de-açúcar e hortaliças, além da pesca e da pecuária.

A partir da década de 1950, com a decadência da cultura cafeeira devido a adversidades climáticas, onde a cada inverno safras inteiras se perdiam com as geadas, Camboriú descobriu sua grande “mina de ouro”: o MAR. A pesca já era importante fonte de renda da cidade desde seus primórdios. Logo depois o turismo também começava a ser descoberto. Alemães e seus descendentes vindos da região do Vale do Itajaí já utilizavam a Praia de Camboriú para o lazer e lá construíram imponentes casas de veraneio em estilo enxaimel e germânico, algumas poucas ainda remanescentes (no entanto hoje quase todas já deram lugar a espigões de concreto armado) e passaram o hábito do banho de mar ao povo local, que antes apenas se banhava para fins medicinais. Com o primeiro panfleto turístico com fins de divulgação desse balneário, o bairro da praia logo receberia visitantes de todo o Estado e posteriormente de outros locais do país, desenvolvendo-se rapidamente, até se tornar Distrito.

Mas, foi no ano de 1952 que ocorreu o grande crescimento, o boom do turismo e o do setor imobiliário levaram um vereador da época a apresentar um projeto de lei visando à emancipação do Distrito da Praia de Camboriú. Tão desenvolvido estava o distrito que dali era a maior representação da Câmara Municipal. Após várias discussões e manifestações, no dia 20 de julho de 1964, o projeto foi aprovado e naquele momento uma parte importante se emancipava. Era então fundado o município de Balneário Camboriú.

A partir daí, a cidade de Camboriú parou no tempo. Para agravar o quadro, a Comarca de Camboriú também se transferiu para o novo município, construindo lá seu fórum e outras edificações importantes. Em 1970, outro fator negativo para Camboriú. Naquele ano era inaugurada a BR-101, asfaltada e trocada por um caminho mais rápido e mais seguro, passando longe da sede atual, já que a antiga estrada cortava a cidade facilitando o escoamento de sua produção agrícola e, principalmente, da mineração. E falando em mineração, as jazidas de granito e mármore, outrora abundantes, que lhe concederam o título de “Capital do Mármore”, entrava em plena decadência, até o esgotamento das grandes jazidas. A partir daí, a cidade sobreviveu do que restava das pedreiras, da cerâmica de telhas e da agricultura.

Mas foi no final dos anos 1980 que a cidade, que àquela altura estava com uma aparência de “cidade-fantasma”, despertou. O elevado custo de vida do município vizinho fazia com que os novos moradores viessem a se instalar por aqui. Surgiram novos bairros como: Monte Alegre, Tabuleiro e Areias, que anteriormente eram bairros rurais. A industrialização também surgiu com a criação dos distritos industriais do Cedro e do Tabuleiro, o que fez com que a cidade voltasse a respirar.

Em 1993, lançava-se o Turismo Ecológico-Rural em Camboriú. Favorecido pelas florestas da Mata Atlântica, por suas belas cachoeiras, trilhas e montanhas, o município passa a dar valor a essas riquezas. Donos de fazendas do interior da cidade transformam suas propriedades em hotéis-fazenda e pesque-pague, criando grandes opções de lazer para a comunidade e visitantes. Mas foi só em 1995 que houve a inauguração do Hospital Edvirges Bernardes, a primeira casa de saúde da cidade. “E por falar no Hospital, hoje está havendo uma luta e uma grande disposição do governo atual sob o comando do prefeito Leonel Pavan, para transformar o hospital num órgão do próprio município”, o que já está com mais de meio caminho andado para ser concluído.

Em 1996 uma das primeiras vitórias, Camboriú ganha o selo de ‘cidade de grande potencial turístico’ pela Embratur. E, em 2000, a cidade volta a ter sua comarca judicial e seu fórum instalados. Ufa!

Nos últimos dez anos, ocorreu uma explosão demográfica em Camboriú de fazer inveja a muitos municípios do Sulbrasileiro. Novos loteamentos surgiram – alguns, no entanto, ainda hoje sem as infraestruturas básicas como água e saneamento para todos – causando grandes impactos ambientais. O Rio Camboriú (que a partir de agora voltou a ser melhor cuidado) e seus afluentes passaram a sofrer com a poluição e a degradação de seus mananciais. Começou também o surgimento de algumas favelas. A população em 1996 era de aproximadamente 35.000 e, em 2006, passava dos 50.000, exigindo do poder público, investimentos mais pesados para manter a qualidade de vida da cidade, abalada também pelo aumento da criminalidade. Foi a partir daí que a pacata cidadezinha de outrora, por conta do progresso, começava ganhar novos ares.

Mais adiante, foram apresentados projetos de saneamento, com os serviços de água e esgoto sendo municipalizados. Foi criada uma comissão para controle da degradação ambiental e das ocupações irregulares, as ruas centrais ganharam asfalto e foram reurbanizadas, estando previsto para breve o novo ‘Plano Diretor Municipal’, que será implantado a partir de agora na gestão do prefeito Leonel Pavan. Aliás, ele já discorreu sobre isso inclusive conversando com o pessoal do Sinduscon. Para a área turística, a atual administração começa a implantar equipamentos para tal, dando continuidade ao projeto que já havia, porém agora com maior e mais avançada modernidade.

HISTORIO GEOGRÁFICO

Como dissemos acima, Camboriú situa-se a oito metros do nível do mar. Sua rede hidrográfica constitui-se da bacia do Rio Camboriú, que corta o município e o abastece com água potável. Suas nascentes estão no extremo sul de seu território. De lá, corre por quarenta quilômetros até desembocar no mar, em Balneário Camboriú. Seus principais afluentes são os rios: Peroba, Pequeno, do Braço, dos Macacos e o Canoas, contando ainda com o Rio do Meio, este, porém, fazendo parte da bacia do Rio Itajaí-Açu.

Seu relevo é de planície fluvial no centro, cercado por montanhas e trechos de relevo ondulado. Seu ponto culminante é a Pedra da Gurita ou o Pico da Pedra, situado no Morro da Congonha, cuja altitude é de 720 metros. Desse ponto, muito procurado por montanhistas e adoradores da natureza, tem-se uma bela vista para todo o município e toda a região. Apenas para relembrar, o morro foi um ponto estratégico durante a Segunda Guerra Mundial, haja vista sua elevação, tornando-se um ponto de observação da Força Expedicionária Brasileira. A vegetação de Camboriú constitui-se da Mata Atlântica, na sua maior parte, além de seus manguespântanos e vegetação arbustiva.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

As principais atividades econômicas de Camboriú são: comércioindústriaagropecuáriamineraçãode granito e mármoreturismo ecológico e rural. Mas o prefeito Leonel Pavan já foi enfático ao afirmar que quer transformar, especialmente o interior do município, em uma ferramenta turística que ofereça além de um bom resultado financeiro para os proprietários, também um rendimento extra para a própria cidade com a criação de novos instrumentos turísticos e outros atrativos.

atividade agrícola predominante no município é o cultivo de arroz irrigado. Mas também a produção de milho, frutas, hortaliças, feijão e outras com menor representatividade, se destacam na área econômica do Município.

Na pecuária, ainda há a criação de gado bovinosuínocaprinoovino e aves, tanto de corte quanto para produção de ovos. As propriedades rurais de Camboriú são constituídas por minifúndios (pequenas propriedades), na grande maioria, familiar. Alguns proprietários complementam suas produções no campo com a plantação de espécimes arbóreas como: ‘pinus e eucaliptos’, que são utilizadas pelo setor madeireiro. Na mineração, além das pedreiras, Camboriú dispõe ainda de reservas de argila para cerâmica. O município ainda possui fontes de água mineral. Quanto a produção industrial, ela se constitui de cerâmicas que produzem telhas e tijolos; madeireira; metalúrgica; concreteiras. móveis e produtos têxteis – confecções.  

ÁREA DA EDUCAÇÃO

Esta é uma das áreas que, segundo a administração municipal que tomou posse em janeiro, é das mais importantes para o futuro do município. Hoje existem vários colégios com ensino médio em Camboriú: o Instituto Federal Catarinense (ex Colégio Agrícola de Camboriú), o José Arantes, também o Mário Garcia, Alcuíno Gonçalo Vieira e o Maria Terezinha Garcia, sendo os quatro últimos estaduais. Além de outros. Recentemente o prefeito Leonel Pavan assinou uma ordem de serviço para a construção no centro da cidade, de um novo colégio destinado a atender crianças do jardim e pré-jardim, que deve ficar pronto ainda neste ano.

CAMBORIÚ NA POLITICA

A prefeitura de Camboriú é uma construção em pedras sobrepostas, o que lhe dá um charme especial, localizada no calçadão da Rua Getúlio Vargas. Seu prefeito atual é Leonel Pavan (PDS), mas a administração complementa-se com suas 12 secretarias e outros tantos departamentos. A Câmara de Vereadores conta com vereadores que desde o ano de 2010 executam seu trabalho em casa própria.

CULTURA E LAZER

Um dos maiores eventos religiosos do País é o encontro dos Gideões, que ocorre todos os anos, patrocinado pela Igreja Assembleia de Deus, com a realização de importantes palestras no Ginásio Municipal de Esportes Irineu Bornhausen. Já o maior evento católico do Município é a Festa do Divino Espírito Santo, uma herança dos portugueses que dura até os dias atuais.

Fundada por colonos vindos de Portugal e por açorianos, Camboriú também conta, na sua cultura, com a herança desses povoadores e colonos que chegaram (especialmente da Ilha da Madeira). Um exemplo disso é a Festa do Divino Espírito Santo, realizada em maio/junho, sendo um dos principais eventos da cidade, com cortejo do casal imperador e imperatriz. Em suas vésperas, tem o cortejo da bandeira do Divino, onde vários moradores recebem-No com a bandeira e são dadas a eles fitinhas vermelhas. Outros exemplares dessa herança cultural que ainda vivem são: o Boi de Mamão, o Terno de Reis, o Pau de Fitas e até raramente a farra do boi (que aliás já devia ter sido extinta); além da arquitetura de poucas casas históricas remanescentes e do sotaque dos moradores tradicionais.

Camboriú tem, como principais eventos como citado acima, o Encontro Internacional dos Gideões Missionários da Última Hora realizado nos meses de abril de cada ano, com duração de cerca de dez dias, reunindo cerca de 150.000 pessoas por dia e mobilizando evangélicos de todo o Brasil, que por sinal é o maior encontro de missões do mundo.

Há ainda, dentro do calendário de festividades do município, os rodeios produzidos pela colônia gaúcha existente no município; as corridas de motocross de âmbito local, estadual e nacional no Motódromo Lua Cheia; as festas juninas em seus colégios e igrejas; além de vários outros eventos promovidos pela população e pela Prefeitura. Possui, ainda, o Rancho Maria’s e outras importantes casas do ramo, onde são realizados shows de bandas e de cantores de sucesso nacional e festas rave, localizados na região do Rio Pequeno; o Salão do Gustavo, utilizado durante o carnaval, na localidade do Braço, na zona rural e vários outros. Tudo isso além de outras casas de shows que empolgam os visitantes.

Esta é Camboriú, com todas as suas nuances, que o prefeito Leonel Pavan promete dar um UP para os próximos quatro anos, transformando a cidade, deixando-a conhecida em todo o Brasil. Nossos votos é que consiga! E temos certeza que vai conseguir!

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Por L. Pimentel – Jornalista

 

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