BILIONÁRIO TEM MEDO DA REFORMA TRIBUTÁRIA DE LULA

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O bilionário Abílio Diniz, que a algum tempo vendeu o Pão de Açúcar e hoje é conselheiro do Carrefour, cometeu um ato de “sincericídio” ao participar de um evento no banco Credit Suísse, em São Paulo. Durante uma palestra, ele afirmou que seu receio é de que a reforma tributária proposta pelo governo Lula seja no modelo “Robin Hood”, isto é, “que tire dos ricos para dar aos pobres”. Ele disse que a tributação de dividendos deve ser feita acima da pessoa jurídica, para haver compensação. Não sobre a pessoa física. Afirmou em reportagem da revista Exame, que tem um pouco de receio de como vão fazer a reforma tributária. Ou seja: aparentemente ele prefere um modelo regressivo, que tire dos pobres para dar aos ricos, como ocorre hoje no Brasil, em que os pobres pagam mais impostos do que as classes mais altas. Em diversas ocasiões, o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad têm afirmado que o Brasil precisa de maior justiça fiscal, ou seja, de um sistema que seja progressivo, com a classe dos mais ricos pagando mais impostos.
Talvez a mágoa de Diniz ainda seja resquícios da fala de Lula em relação ao sequestro que sofreu há 23 anos. Abílio Diniz é o empresário responsável pelo crescimento de importantes empresas brasileiras: Pão de Açúcar, Extra e Ponto Frio. Ele tinha uma vida animada, era esportista, lutador e havia recebido treinamento de tiro com especialistas israelenses. A década de 80 foi uma das melhores épocas dos negócios de Abílio. O Pão de Açúcar estava em grande expansão pela capital São Paulo e pelo país. Contudo, também era o período de desenvolvimento das guerrilhas latino-americanas e da expansão da prática de sequestros no Brasil, que aconteciam com frequência nas décadas de 80 e 90.
O empresário se recusava a andar com seguranças profissionais, pois acreditava que conseguiria se defender sozinho da violência que assolava o país, até que aconteceu a tragédia: o sequestro de Abílio Diniz por guerrilheiros comunistas, ocorrência que à época envolveu, sem provas, o Partido dos Trabalhadores PT. Isso, talvez, ainda esteja gravado no subconsciente de Diniz.

Redação
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