Incêndios em São Paulo contribuem para o fenômeno
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), que analisou imagens de satélite, a densa fumaça, que encobriu prédios oficiais como o do Congresso Nacional, foi intensificada pelas queimadas que ocorriam no estado de São Paulo, trazidas por ventos favoráveis.
Contribui para o fenômeno a seca em Brasília, onde não chove há mais de 120 dias. A falta de chuvas é comum nesta época do ano na região central do país. A baixa umidade também facilita o surgimento de queimadas e contribui para que as partículas de fumaça pairem no ar.
Segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia, a umidade na capital do país caiu abaixo de 20% durante a tarde deste domingo, o que aumentou os riscos de incêndios florestais e de problemas à saúde da população.
No sábado, os bombeiros combateram um foco de incêndio de grandes proporções numa área de preservação de Brasília, onde fica uma das nascentes que abastecem o Lago Paranoá. Segundo a CBMDF, neste ano, entre os meses de janeiro a julho, foram registradas 3.368 ocorrências relacionadas a incêndios florestais no Distrito Federal.
REDORDE
Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo atualizados neste domingo, 21 cidades paulistas tinham focos de incêndio ativo e 46 municípios estavam em alerta máximo para o fogo.
Nesta semana, imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Nesta segunda-feira os incêndios no estado de São Paulo cessaram, pelo menos por ora, depois que o governo federal entregou o caso para a Polícia Federal já que havia uma desconfiança de que os incêndios eram provocados por incendiários anônimos.
Por Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Edição: Aline Leal