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CANGACEIROS ATACAM A TIROS MORADORES DA RUA 406H E QUEIMAM BARRACOS EM ITAPEMA

CANGACEIROS NOTURNOS CHEGARAM ATIRANDO E DANDO 20 MINUTOS PRA SAÍREM DO LOCAL

Uma chuva de reclamações e pedidos de socorro chegaram à redação da Folha do Estado na manhã desta quinta-feira (4), de moradores da Invasão 406H, no Morretes, que por volta de meia noite tiveram que deixar suas casas às pressas pra não morrerem queimados, já que os homens que os atacaram começaram a incendiar as mesmas onde havia muitas famílias com crianças e tudo mais. Os incendiários (os moradores não souberam explicar se foram homens da polícia ou contratados do dono do terreno) começaram o trabalho sujo por volta da meia noite mais ou menos, indo até as três horas horas da madrugada.

NOTA: nós acreditamos que os policiais, sem um mandado judicial, não fariam uma coisa dessas.  No incêndio, além dos poucos móveis que tinham, eles também perderam roupas, mantimentos e outros pertences, coisas do dia a dia que os mantinham vestidos e alimentados. Até um cachorro acabou morrendo queimado pela turma que (segundo os moradores) chegou atirando pra todo lado e botando fogo em tudo.

NÃO SOBROU NADA

Nossa redação recebeu pedidos de socorro via WhatsApp durante toda a manhã de hoje, com pedidos para que divulgássemos o acontecido. Reclamavam inclusive que já tem gente veiculando notícias desencontradas, sobre que as casas estariam vazias etc. Mas a verdade é que havia nelas muitos moradores que acabaram ficando sem nada, sem roupas, sem comida e o que é pior, sem dignidade.

PEDIDO DE AJUDA

Por isso, solicitamos a quem tiver condições que faça doação de alimentos, principalmente, porque apesar de vivermos no país do “vale tudo”, sabemos que ainda há corações bondosos que não se furtarão, com certeza, de ajudar aos mais necessitados.
Os moradores, especialmente as moradoras, disseram à nossa reportagem que já entraram em contato com advogados que já estão cuidando do caso, e também com o vereador Xepa que prometeu ajuda. Mas é muito pouco, por enquanto, o que precisa-se saber é quem cometeu essas atrocidades. Porque, mesmo sendo donos do terreno, teriam que tentar a remoção desses moradores via justiça. Afinal, é para isso que existe justiça.

O QUE DIZ O ADVOGADO QUE CUIDA DO CASO

Em contato com nossa reportagem, o advogado das famílias, Dr. Rafael Marco Gatti disse que não existia uma ordem judicial, que não foi uma ação da polícia, mas sim foi uma ação de pessoas de fora (que não se tem como afirmar nem como provar), mas que pode ter sido uma ação por ordem de quem se intitula como dono do terreno.

Na verdade, explica o advogado, esse proprietário do terreno apareceu durante a semana com umas máquinas e com autorização judicial de reintegração, só que essa autorização estava fora da lei, pois era datada ainda de dezembro de 2022, cujo processo já foi inclusive sentenciado, porque foi fechado um acordo com as famílias invasoras, contra quem ele entrou com pedido de reintegração de posse. Então, essa papelada que ele tentou apresentar junto à Polícia Militar, de quem ele queria apoio para demolir as casas, não tinha fundamento algum, tanto é que a polícia não fez nada.

Eu estive lá, conversei com os policiais e vi que a autorização que ele estava apresentando não tinha valor jurídico, porque ela ficou lá em dezembro e o processo a que ela se refere era de outras partes e de outra área dentro do mesmo terreno. Então eu acho que, em não conseguindo, e tendo frustrada sua intenção de retirar as famílias utilizando-se dessa decisão, que no caso não mais caberia, ele mandou pessoas lá para fazerem o trabalho sujo.

Só que essas pessoas chegaram armadas, mandando as famílias saírem de dentro das casas porque eles iam atear fogo, e que se não quisessem sair eles iriam atear fogo com eles dentro. Assim é que eles atiraram em cachorros, pegaram um filhote e jogaram no meio do fogo e botaram fogo nas casas e em todo o material que estava no local. Um verdadeiro serviço de cangaceiro. Com isso, não estou afirmando que as pessoas que invadiram não tenham que deixar o local, mas que a medida para faze-lo não é essa.

POLÍCIA FOI ACIONADA E LOCAL PASSOU POR AVERIGUAÇÃO COM APOIO DOS BOMBEIROS

O Tático foi acionado via COPOM para averiguar disparos de arma de fogo em meio a área de invasão no final da rua 450.  No local foi feita uma averiguação em meio a via porém nada foi localizado.

Posteriormente novas ligações foram chegando e a guarnição retornou ao local. Foram constatados diversos focos de incêndio em meio a entulhos e pequenas construções sem habitação e em fase de construção.

Foi feita uma averiguação pelo local no intuito de localizar alguém porém ninguém foi encontrado. Foi acionado o corpo de Bombeiros que compareceu no local e combateu os princípios de incêndio. Posteriormente do outro lado da mata apareceram algumas pessoas as quais informaram que não havia ninguém no local que tivesse sido ferido. Indagados para registrar os fatos nenhum se mostrou interessado saindo do local em seguida.

Após os focos serem contidos a guarnição juntamente com os Bombeiros deixaram o local.

 

 

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https://www.bc.sc.gov.br/

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