CASOS DE FAMÍLIA: ADRIANA CORRE ATRAS PRA RECUPERAR OS SEUS FILHOS

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Mulher conta sua história e busca recuperar os filhos

Era madrugada do dia 1º/10/2023, entre 4 e 5 horas quando meu ex-marido chegou no carro da amante. Acompanhado por ela entrou dentro de casa alcoolizado e sob efeito de drogas. Ela também estava alcoolizada. Ele começou a falar alto, dizendo que queria dormir com ela ali. Então eu, como já havia acordado com o barulho, disse que se ele quisesse poderia ir pra outro lugar menos ali. Isso gerou uma forte discussão entre nós, quando ele pegou um resto de gasolina e jogou em mim e em seguida nem deu tempo de eu ir me limpar porque a amante acendeu um fósforo e jogou em mim. Eu peguei fogo literalmente. Minha filha mais velha Mariane, de 11 anos, ligou o chuveiro e chamou: “vem mãe”! Aí eu entrei mas acabei perdendo o sentido temporariamente, depois eles fugiram não sei pra onde. Eu só me lembro de ser socorrida pelos bombeiros depois não consigo lembrar de mais nada pois fiquei inconsciente indo parar no hospital Marieta em Itajaí. Depois de alguns dias fui transferida pro São José, em Joinville, onde eu fiquei dias na UTI respirando por aparelhos. Depois que fui melhorando aos poucos né falaram tudo, que eu estava viva por um milagre de Deus e que meus filhos estavam acolhidos no abrigo “refúgio”. Daí em diante começou minha luta para recuperar meus filhos. Eles não eram para estar acolhidos, pois a justiça deveria ter procurado os meus familiares e só fizeram isso tempos depois das três crianças estarem lá… Eu perguntava a eles direto sobre os meus filhos, quando estava no hospital. As enfermeiras falavam quando sabiam de alguma coisa, a psicóloga pela qual eu passava também me ajudava muito pra poder falar por chamada de vídeo com eles. A assistente social do hospital São José tbm me ajudou, no último dia 28/11/2023 foi a única vez que eu vi meus filhos de perto e pude abraça-los, tirando a minha filha mais velha que estava assustada em me ver de outro jeito, toda queimada. Nesse dia comemoramos o aniversário de 7 anos da minha filha do meio, a Larissa, foi o único dia que eu consegui vê-los fisicamente. Depois desse dia, venho lutando pra conseguir a guarda deles novamente até porque não sei porque eu os perdi… Sei que fiquei quase 3 meses internada, recebi alta no dia 23/12, quando eu fui trazida para casa de familiares (irmãos) daí por diante continuo a luta pelas crianças… A equipe do acolhimento dizia que era pra mim esperar que tudo ia ser decidido pelo juiz e eu perguntava direto se havia algo contra mim para fazer com que eu perdesse a guarda das crianças. Aí eles diziam que não, que eles só estavam lá pelo que aconteceu e que dependia tudo do juiz. Os dias foram passando e eu insistia em ver as crianças mas eu estava percebendo que a equipe do acolhimento me passava a impressão que estavam me afastando dos meus filhos, pois falavam que minha filha mais velha não queria me ver e nem morar comigo por conta de tudo que aconteceu e tbm ela tá fazendo tratamento psicológico. Meu irmão mais velho iria obter a guarda provisória dos três, mas no dia do estudo social desistiu. Daí em diante comecei a lutar mesmo sozinha, ouvindo sempre um “não” como resposta. A equipe do acolhimento me proibiu de chorar perto dos meus filhos, me pediram pra não falar que eu iria comprar um celular de presente… daí por diante foi só questão de espera… eles entraram em contato com quase todos os meus irmãos pra ver se aceitavam as crianças até que meu irmão Ricardo aceitou e pediu pra não separar meus três filhos, pois as meninas eram só enteadas do meu ex… o menino de 3 anos só era filho dele, aí ficamos nessa espera, ansiosos e todos os dias assim, fazendo chamada de vídeo só de vez em quando com as crianças até que foi combinado e marcado uma vez por semana até que hoje fiquei sabendo porque mandei mensagem pra advogada Letícia Tavares, nomeada pelo fórum para me auxiliar no caso, dizendo que minha filha Larissa de 7 anos foi desacolhida e passada para a guarda do pai e isso aconteceu ontem Tomaram decisões pelas minhas costas sem eu saber. Minha filha mais velha, está no acolhimento com eles e o meu menino de 3 anos, o Patrick, está sendo decidido pra onde e com quem ele irá ficar. No caso eu perdi o meu direito de exercer a maternidade mesmo estando com saúde, me recuperando, tendo apoio, fazendo meu tratamento e tendo condições financeiras e psicológicas de ficar com as crianças tiraram esse direito de mim …agora, nesta quarta, às 16h15, vou fazer chamada de vídeo com o menino e só pedi pra advogada Letícia Tavares recorrer, mas ela não me respondeu mais…

NOTA DA REDAÇÃO

Esta é uma história entre as muitas que ocorrem neste país, relacionada às questões de família. A narrativa dessa mãe, que está sofrendo, mercê à incapacidade de convivência com seu ex-marido, que segundo ela, usava drogas, bebia, etc. e que, na ocasião, quando ela foi queimada, tudo começou quando ele queria entrar em casa com uma segunda mulher, uma amante, para dormir com ela na sua própria casa. Bêbado, o cara jogou gasolina sobre Adriana, e a amante riscou o fósforo queimando-a e causando toda essa situação. Inaceitável!

 

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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