COLUNA: HISTÓRIAS FANTÁSTICAS

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Em todos os sábados estaremos contando histórias reais especialmente para vocês

Hoje iniciamos a publicação desta coluna que tem o objetivo de dar conhecimento sobre como foi e como as coisas se davam a 100 ou mais anos. Hoje vamos falar de Harriet Beecher Elizabeth Stowe (imagem) que você poderá conhecer a partir de agora…

A CABANA DO PAI TOMÁS

O livro famoso por trazer uma defesa intransigente dos negros norte-americanos foi escrito por Harriet Elizabeth Beecher Stowe. Harriet nasceu na cidade de Litchfield (Connecticut) a 14 de julho de 1811, e faleceu em Hartford a 1º de julho de 1896. Harriet foi uma abolicionista convicta e grande escritora estadunidense.

Harriet Stowe escreveu 30 livros, incluindo alguns romances, três memórias de viagens e coleções de artigos, além de cartas. Ela foi influente tanto por seus escritos quanto por suas posições e debates públicos sobre as questões sociais da época. O seu livro mais famoso foi o romance: “Uncle Tom’s Cabin” (“A Cabana do Pai Tomás” – Ou A Cabana do Tio Tomás), que alcançou uma audiência de milhões de pessoas como um romance e peça, e tornou-se influente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, energizando forças antiescravistas no norte estadunidense, enquanto provocava raiva generalizada nos sulistas. Certa vez, quando ela se encontrou com o presidente Abraham Lincoln, ele lhe teria dito que ‘foi ela que, com o teor de seu livro, causou a Guerra Civil (Guerra da Secessão)’.

VIDA E TRABALHO

Harriet Beecher Elisabeth foi a sexta de 11 crianças nascidas do franco calvinista pregador Lyman Beecher. Sua mãe foi a primeira esposa de Beecher, Roxana (Foote), uma mulher profundamente religiosa que morreu quando Stowe tinha apenas cinco anos. O avô materno de Roxana era o general Andrew Ward da Guerra Revolucionária. Seus irmãos incluíam uma irmã, Catharine Beecher, que se tornou uma educadora e autora, bem como irmãos que se tornaram ministros: incluindo Henry Ward Beecher, que se tornou um famoso pregador e abolicionista; Charles Beecher e Edward Beecher.

Harriet se matriculou no Seminário Feminino de Hartford, instituição que era dirigida por sua irmã mais velha, Catharine. Lá ela recebeu algo que meninas raramente recebiam, uma educação acadêmica tradicional, com foco em clássicos, línguas e matemática. Entre seus colegas de classe estava Sarah P. Willis, que mais tarde escreveu sob o pseudônimo de Fanny Fern.

Em 1832, aos 21 anos, Harriet Beecher mudou-se para Cincinnati, Ohio, para se juntar a seu pai, que havia se tornado presidente do Seminário Teológico Lane. Lá, ela também se juntou ao Semi-Colon Club, um salão literário e clube social cujos membros incluíam as irmãs Beecher, Caroline Lee Hentz, Salmon P. Chase (que mais adiante viria ser governador de Ohio e secretário do Tesouro do presidente Lincoln), Emily Blackwell e outras. O comércio e o transporte marítimo de Cincinnati pelo rio Ohio estavam crescendo, atraindo vários migrantes de diferentes partes do país, incluindo muitos escravos fugitivos, caçadores de recompensas procurando por eles e imigrantes irlandeses que trabalharam nos canais e ferrovias do estado. Em 1829, a etnia irlandesa atacou os negros, destruindo áreas da cidade, tentando expulsar esses concorrentes em busca de empregos. Beecher conheceu vários afro-americanos que sofreram nesses ataques, e a experiência deles contribuiu para que ela escrevesse mais tarde sobre a escravidão.

Harriet também foi influenciada pelos “Debates da escravidão”. O maior evento já ocorrido em Lane (faculdade teológica presbiteriana em Walnut Hills, Ohio), foi a série de debates travados em 18 dias, em fevereiro de 1834, entre os defensores da colonização e da abolição, vencidos de forma decisiva por Theodore Weld e outros abolicionistas. Elisabeth participou da maioria desses debates. Seu pai e os curadores, com medo de mais violência dos brancos antiabolicionistas, proibiram qualquer discussão sobre o assunto. O resultado foi um êxodo em massa dos alunos de Lane, juntamente com um curador solidário e um professor, que se mudaram com um grupo para o novo Oberlin Collegiate Institute depois que seus curadores concordaram, por uma votação acirrada e amarga, em aceitar estudantes independentemente de “raça” e permitir discussões de qualquer tópico.

Foi no clube literário de Lane que ela conheceu o Rev. Calvin Ellis Stowe, um viúvo que era professor de Literatura Bíblica no seminário. Os dois se casaram no seminário em 6 de janeiro de 1836.

NOTA DA REDAÇÃO: Portanto, “A Cabana do Pai Tomás” (que na verdade era A Cabana do Tio Tomás), foi escrita por uma mulher, a senhora Harriet Elizabeth Beecher Stowe, e não por um homem, Mark Twain, como muita gente ainda hoje pensa que foi. Quem ainda não teve a oportunidade de ler o livro, que o faça, e conheça a desgraça que foi a ‘escravatura norte-americana’ que resultou no livro de Harriet, especialmente nos estados do sul como: Alabama, Louisiana, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Delaware, Flórida, Geórgia, Kentucky, Maryland, Mississippi, Oklahoma, Tennessee, Texas, Virgínia e Virgínia Ocidental.

Na próxima edição falaremos sobre Mark Twain, sua vida, seus escritos etc…

Por L. Pimentel – Jornalista

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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