Os parlamentares convocaram o vereador de Florianópolis Ed Pereira (PSDB) para ser ouvido na próxima terça-feira (28). Segundo o autor do requerimento, deputado Sargento Lima (PSL), Ed Pereira, em áudio gravado antes de uma sessão da Câmara da Capital, disse conhecer empresários de São Paulo que “investiram pesado no secretário Douglas Borba” para ajudar na campanha de Carlos Moisés ao governo em 2018. Sargento Lima quer saber se essa doação ao então candidato tem relação com a negociação que resultou na compra dos respiradores por R$ 33 milhões.
Na reunião de quinta-feira (23), a CPI fará uma sessão fechada para analisar as respostas enviadas pelo governador Carlos Moisés aos 15 questionamentos da comissão a respeito da compra dos respiradores. A sessão, sem transmissão ou abertura à imprensa, está marcada para as 10 horas e não será transmitida.
Compartilhamento de informações
A CPI também aprovou requerimento do deputado Ivan Naatz encaminhado ao gabinete do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e ao procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, Fernando Comin. A comissão quer ter acesso às informações do inquérito que apura as denúncias de irregularidades na compra dos respiradores, mas que estão sob segredo de Justiça no STJ.
Caso o pedido seja negado, Naatz quer que a Procuradoria-Geral de Justiça tome medidas judiciais para conseguir o compartilhamento das informações.
Fabio Guasti
O vice-presidente da CPI, deputado Valdir Cobalchini (MDB), leu, durante a reunião desta terça, petição encaminhada pelos procuradores do empresário Fábio Guasti, cuja oitiva havia sido aprovada pela comissão na semana passada. No documento, os procuradores solicitaram, com base no direito ao silêncio, o não comparecimento do empresário à oitiva. Guasti, conforme investigação da Operação O², é apontado como um dos intermediários entre a Veigamed e o governo do Estado na negociação dos 200 respiradores.