O jogo coletivo e o equilíbrio são as principais marcas dos times comandados por Hemerson Maria. Mesmo assim, há aqueles jogadores que conseguem atrair os holofotes pelo toque de criatividade, pelo drible e pelo improviso. No Joinville, este alguém é o meia-atacante Tiago Luís, que chegou ao Tricolor com o campeonato em andamento e logo caiu nas graças da torcida.
Seu primeiro jogo foi contra o Guarani de Palhoça. Ele saiu do banco de reservas para, em um dos seus primeiros toques na bola, salvar o JEC do que seria uma vergonhosa derrota dentro da Arena. Na partida seguinte, contra o Figueirense, já na condição de titular, uma pintura digna de concorrer a gol mais bonito do campeonato: um sutil toque da entrada da área, com a perna direita, para encobrir Alex Muralha.
Desde então, ele se tornou uma figura importante dentro do grupo do técnico Hemerson Maria, que tem preferência por jogadores que possam desempenhar mais de uma função dentro de campo. Tiago Luís pode. No esquema 4-2-3-1 que é utilizado pelo treinador, o camisa 7 já foi escalado nas quatro posições ofensivas. Certo é que, com sua qualidade, ele precisa estar sempre perto do gol.
Estigma que incomoda
Mas nem sempre a carreira do jogador esteve em alta. Chamado de Messi brasileiro pelo jornal espanhol Marca, quando despontou nas categorias de base do Santos, Tiago Luís ficou estigmatizado pelo apelido, que mais o atrapalhou do que ajudou. Por causa da comparação com o argentino, seu nome sempre esteve relacionado a grandes expectativas, que acabaram não se confirmando.
Agora, aos 26 anos, o atleta busca um título que não possui no currículo e com o qual a torcida sonha desde 2001, última vez em que levantou o caneco pelo Campeonato Catarinense. Se conseguir essa façanha, continuando a ser decisivo para o Joinville, pouco importará para o torcedor do Joinville que ele não seja Lionel Messi. Para eles, Tiago Luís será sempre muito melhor.
