Deputado apela à Anvisa que revise protocolos para a importação de remédios

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O deputado José Milton Scheffer (PP) afirmou que vai elaborar um documento, em conjunto com o Fórum Parlamentar Catarinense em Brasília, apelando para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revise os protocolos de importação de medicamentos utilizados para a intubação de pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), como analgésicos e bloqueadores neuromusculares. O anúncio foi realizado na sessão plenária realizada na manhã desta quinta-feira (13).

Conforme o parlamentar, a Secretaria de Estado da Saúde e as entidades representativas dos hospitais filantrópicos (Ahesc e Fehosc) vêm manifestando preocupação quanto à possível falta de abastecimento dos produtos, que estão sendo direcionados prioritariamente para o tratamento de casos mais graves de Covid-19. Em função disso, cerca de 95 mil pessoas estariam aguardando por cirurgias eletivas no estado.

Ele argumentou que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus criou um momento de “exceção” no país e que, em função disso, a Anvisa deveria rever as exigências para a importação dos medicamentos, cujo cumprimento pode levar até 90 dias.

“Fica aqui o nosso apelo, em nome dos hospitais e da população catarinense, para que seja flexibilizada a legislação de importação de medicamentos a serem utilizados nas cirurgias e no tratamento da Covid, que é, sem dúvida nenhuma, a prioridade número um do Brasil e Santa Catarina.”

Novo momento do governo
Ainda em seu pronunciamento, Scheffer – que nesta semana foi reconduzido ao cargo de líder do governo na Assembleia Legislativa – destacou que o Executivo estadual vive um movo momento, marcado por uma maior interlocução com a Assembleia Legislativa.

Na oportunidade, ele também destacou algumas ações visadas pelo governo como o desassoreamento da Barra do Camacho, em Jaguaruna; obras na Rodovia da Imigração; e a retomada da intenção de investir recursos do Tesouro estadual nas estradas federais que cortam o estado.

“O diálogo e a união são ferramentas importantes e o que a sociedade catarinense espera de cada líder seu, não importa a função que seja, é que desse momento em diante deixemos o passado no passado e sigamos em frente, realizando obras e ações que beneficiem a nossa população.”

Reajuste dos praças
O deputado Kennedy Nunes (PSD) instou o governador Carlos Moisés a incluir a Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) nas negociações que envolvam o reajuste dos policiais militares de Santa Catarina.

Ele declarou que Lei Complementar federal 173/2020, que proíbe aumento de despesas com pessoal em todos os entes públicos durante a epidemia de Covid-19, não deve ser utilizada pelo governo para manter a categoria distante das discussões salariais.

Ele finalizou seu pronunciamento lançando um desafio ao Executivo estadual. “Duvido vocês fazerem um cálculo de salários dos policias obedecendo a Lei Complementar 253/2003, que fala que a diferença entre o maior salário e o menor salário não pode ser mais que quatro vezes. Duvido.”

Homenagem a Elizabete Anderle
Dr. Vicente Caropreso (PSDB) fez um resgate da figura de Elizabete Nunes Anderle, socióloga e professora da Udesc que se evidenciou a frente da Fundação Catarinense de Cultura.

A menção, disse, aconteceu em reconhecimento a um convite recebido para a inauguração, nesta sexta (14), de uma unidade escolar em Blumenau que levará o nome da educadora, falecida no ano de 2017.

“Ela deixou um legado de coragem e dedicação ao serviço público, sobretudo nas áreas da educação e cultura, pela qual trabalhou até duas semanas antes de perder a vida. Eu não poderia deixar de fazer esse registro.”

O pronunciamento recebeu o apoio da deputada Ada de Luca (MDB). “Elizabete, junto com seu esposo, Jacó Anderle, é merecedora de todos os aplausos possíveis. Eles se doavam para o ensino público, a universidade.”

Plano logístico nacional
Abordando desta vez a questão da infraestrutura, Caropreso disse lamentar que ligações ferroviárias de importância para Santa Catarina tenham sido excluídas do Plano Logístico Nacional.

O parlamentar citou especificamente a chamada Translitorânea, trecho de 135 km entre os municípios de Içara e Araquari, e a Ferrovia Leste-Oeste, considerada por ele fundamental para o escoamento da produção agrícola catarinense aos portos.

“Temos que apelar à bancada federal catarinense para que tenhamos um horizonte diferente do que estamos vendo, e para que Santa Catarina seja um estado lembrado pelo governo federal.”

Em guerra
Sargento Lima (PL) disse que a atual conjura nacional é de “guerra” e que os cidadãos patriotas devem se posicionar em defesa do destino do país.

Para o parlamentar, a principal ameaça à sociedade brasileira provém de uma “inversão de valores”, a qual indicou ter se evidenciado na cobertura realizada pela imprensa da operação promovida pela polícia fluminense na comunidade Jacarezinho; e na CPI da Covid, que se desenvolve no Congresso Nacional.

Ao final, ele também pediu apoio para uma mobilização em favor da implantação do voto impresso.  “Se você não se alistou, é hora de alistar, porque se você não fizer isso, você poderá ser a próxima vítima, sua esposa, seu filho. Temos que quebrar o establishment, fazer o inimigo sangrar até 2022.”

Balneário Camboriú e Azuris
Mauricio Eskudlark (PL) iniciou seu pronunciamento ressaltando iniciativas tomadas pela prefeitura de Balneário Camboriú, sobretudo nas áreas do esporte, educação e saúde, como o incentivo ao atletismo, a reforma de escolas e o enfrentamento à Covid-19.

Em outro ponto, ele também destacou o Azuris Pato Branco, clube de futebol de Campo Erê que atualmente disputa o campeonato paranaense. Conforme o deputado, a entidade é responsável pela formação de cerca de 400 atletas, provenientes de diversas regiões de Santa Catarina.

“É um investimento muito importante pelo caráter econômico, mas principalmente pelo social. Pela oportunidade de oferecer aos atletas condições de se profissionalizar, de crescer na vida pelo esporte. Por isso, quero parabenizar a equipe da Azuris Pato Branco.”

Redação
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