EDITORIAL: COMO FOI A CAMPANHA PARA A SUCESSÃO DAS PREFEITURAS BRASILEIRAS?

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Eleitor entra em campo logo mais a partir das 8 horas

Por L. Pimentel

Ao longo das últimas semanas, a campanha eleitoral dominou as discussões na sociedade brasileira e o noticiário político geral. Neste momento, há uma grande expectativa para se conhecer os prefeitos e vereadores que estarão à frente de nossas cidades a partir de 2025. Se por um lado, esta campanha municipal pode dar o tom de como serão as principais tendências políticas no Brasil neste momento, por outro ela também pode ser considerada como um recado para as eleições no âmbito federal de 2026.

Não resta a menor dúvida de que a campanha de maior repercussão neste ano foi a de São Paulo, maior cidade do país e onde, a um dia do pleito, três candidatos estavam empatados tecnicamente nas pesquisas: Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

Alguns episódios marcaram a eleição paulistana: a cadeirada de José Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB), durante um debate, depois de intensa provocação do coach. E a postagem fake postada nesta sexta-feira à noite por Marçal sobre Boulos, que pode levá-lo a ser impugnado e até perder seus direitos políticos.

Outros episódios de violência eleitoral foram registrados pelo país, o que levou a própria ministra Cármen Lúcia a conclamar campanhas e candidatos a se resopeitarem e respeitarem a sociedade.

Em termos de balanços de forças políticas, muito se falou, antes das eleições, que a campanha iria refletir, por meio dos candidatos municipais, a disputa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, parece que não foi isso que aconteceu. As campanhas foram marcadas pela lógica local e refletiram os poderes dos candidatos locais. Entre janeiro a setembro, foram registrados quase 500 casos de violência contra lideranças políticas no Brasil.

O presidente Lula optou por pouco participar das campanhas de aliados. Ele investiu em viagens oficiais ao exterior nas últimas semanas. O petista argumentou que, como chefe do Planalto, “tem muitas tarefas a realizar”. Por sua vez, Bolsonaro foi mais ativo. Ele fez um giro por diversos palanques ao redor do país, anunciou a volta das tradicionais “lives” e promoveu carreatas ao lado de apadrinhados políticos. Mas também não foi um nome que chegasse a ofuscar os candidatos locais ou a ditar os temas da campanha.

Em Brasília, o Congresso Nacional ficou esvaziado enquanto os parlamentares voltaram o foco para acompanhar os pleitos em seus próprios redutos eleitorais. Os calendários também foram alterados para evitar que os congressistas se envolvessem em projetos “polêmicos” nesse período. A política no Congresso ficou praticamente interrompida à espera do cenário que vai surgir após os pleitos municipais deste domingo (6), com a realização das eleições municipais em primeiro turno. Só após os resultados das urnas será possível dizer quais grupos sairão mais fortes ou mais fracos.

Vindo para mais próximo de nós, aqui pela região da Amfri, as coisas não estiveram tão diferentes que em outras cidades ou estados.

Haja vista os embates ocorridos em cidades como Balneário Camboriú e Camboriú, onde a própria justiça e até a polícia tiveram que entrar em campo para resolver algumas questões.

Em Itapema, apesar das aparências, muita água suja rolou por debaixo da ponte durante a campanha. Sujeira que os eleitores vão se encarregar de limpar a partir das 8h de hoje nas urnas, através do voto consciente.

Tomara, estamos torcendo mesmo, para que tudo saia de acordo com o figurino que desenhamos para estas eleições municipais. Que vença quem tiver que vencer, mas tudo dentro da mais perfeita normalidade, sem exageros de parte alguma.

Boa eleição para todos!

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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