EDITORIAL: “DIPLOMAÇÃO E INTEGRIDADE: JUSTIÇA ELEITORAL E O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA DEFESA DA DEMOCRACIA”

- Advertisement -

O olhar atento da imprensa pode fazer a diferença

Por José Santana

A diplomação de prefeitos e vereadores é um marco democrático que oficializa o resultado das urnas. Contudo, em Santa Catarina, esse momento solene nos obriga a uma reflexão profunda. Nos últimos anos, cerca de 30 prefeitos foram cassados ou presos, vítimas de práticas ilícitas como compra de votos, desvios de recursos públicos e abuso de poder econômico. Esse cenário trágico não apenas expõe a crise ética que aflige a política, mas também ressalta a importância vital da Justiça Eleitoral e do Ministério Público como guardiões da democracia.

A Justiça Eleitoral e o Ministério Público têm atuado como os verdadeiros bastiões da lisura do processo eleitoral. Enquanto a Justiça Eleitoral assegura que as regras sejam respeitadas e impõe sanções rigorosas aos infratores, o Ministério Público, com sua função de fiscal da lei, investiga e denuncia aqueles que desrespeitam a confiança da população. Juntos, esses órgãos têm se mostrado incansáveis na luta contra as práticas que corrompem a integridade do sistema político. A atuação vigilante de promotores e procuradores é fundamental para garantir que a impunidade não prevaleça, demonstrando que a justiça ainda pode triunfar sobre a corrupção.

Porém, a responsabilidade não se limita a esses órgãos. Os prefeitos e vereadores diplomados em 2024 têm a oportunidade única de reescrever a narrativa da política catarinense. Ao assumirem seus cargos, devem demonstrar, em suas ações diárias, que a ética e a transparência são mais do que meras palavras de ordem; são princípios inegociáveis. A diplomação não é apenas um rito formal, mas um compromisso público e solene de servir à população com integridade.

O preço da desonestidade é alto. Os erros do passado, refletidos nas cassações e prisões de tantos gestores, devem servir como um alerta e um guia. A história não perdoa aqueles que se entregam à corrupção; ela os condena ao ostracismo e à desconfiança. É preciso que os novos diplomados compreendam que governar com integridade é a única maneira de construir uma gestão legítima e duradoura, onde o interesse público prevaleça sobre qualquer ambição pessoal.

A Justiça Eleitoral e o Ministério Público continuarão a atuar como guardiões da lei e da democracia, mas é a ação de cada eleito que determinará o futuro da política em Santa Catarina. Que a diplomação seja um verdadeiro marco de transformação, onde a ética e o respeito ao cidadão se tornem a base de uma nova política, capaz de restaurar a confiança da população nas instituições.

Que a verdadeira mudança comece agora, com os novos líderes comprometidos a colocar a integridade em primeiro lugar. Afinal, a história está em suas mãos.

Folha do Estado

Compromisso com a verdade e a democracia.

Redação
Redaçãohttps://www.instagram.com/folhadoestadosc/
Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
- Advertisement -
Must Read
- Advertisement -
Related News