PORTO BELO REALIZA SEGUNDO ENCONTRO DE PESCADORES NA PRAIA DO BAIXIO

Na última terça-feira (23), cerca de 50 pescadores locais reuniram-se para o Segundo Encontro de Pescadores no Município de Porto Belo. Organizado pelo Governo Municipal em parceria com a Secretaria da Pesca e com apoio da Fundação de Esportes,

Entrevista: José Santana, fala dos 15 anos da história do jornal Folha do Estado em Itapema

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Mauro Ramalho
Jornalista e publicitário Mauro Ramalho

O Jornalista e publicitário Mauro Ramalho, com mais de 17 anos de atuação na RBS/TV, Jornais e Agências de Publicidade, Ramalho propos um desafio interessante, ao fundador do Folha, entrevistá-lo,  selecionou um questionário para ouvir o que o fundador pensa sobre o papel da imprensa, dos jornais, jornalistas e da política regional. José Santana, está a frente da editoria da Folha do Estado, há 15 anos, onde tem realizado um trabalho importante e de interesse da sociedade, e nesta semana, fala da suas experiências  para os seus leitores, amigos e parceiros.

José Santana
José Santana, jornalista e fundador do jornal Folha do Estado/SC

Mauro Ramalho: Já diziam os grandes nomes da imprensa brasileira, que fazer jornal é fácil, difícil é manter a ética profissional a credibilidade e a independência ao longo dos anos.
Qual sua opinião de jornalista quanto a isso?

José Santana:
Imprimir um jornal é muito fácil, basta um diagramador e meia dúzia de colunistas, agora forma opinião fundado em um jornalismo com reportagens investigativas e opinativas, são raros os profissionais e veículos que tem a coragem de lançar nesta seara que exige profissionalismo, conhecimento, técnica, sobretudo destemor e muito amor pela sociedade de bem. Antes de prosseguir, gostaria em primeiro lugar agradecer a oportunidade de recebê-lo como entrevistador, posto que como editor e fundador do jornal Folha do Estado, já fui acusado de me autoentrevistar, não restando mais dúvida sobre o vosso perfil de publicitário e jornalista, na minha visão a imprensa brasileira sofreu um grande retrocesso moral e ético. Não há quase que na sua totalidade veículos seja, jornais, rádios ou TVs livres da mão pesada do estado e dos grandes grupos empresariais que ditam as normas de mercado e a imprensa como formadora de opinião sofre as conseqüências, e o custo desta submissão econômica, atinge em cheio a qualidade da informação, sobretudo, os interesses desses grupos sobrepõem a ética e a moral dos profissionais jornalistas. Sem sombra de dúvidas a independência de um profissional ou de um veículo de comunicação depende muito da formação do caráter, sobretudo, da formação acadêmica, a grosso modo, profissionais autoditadas têm que ter atenção redobrada para evitar a notícia equivocada e precipitada o que tem colocado em risco a credibilidade dos profissionais que atuam com seriedade, ética e moral. “O ato de noticiar consiste em transmitir dados técnicos sobre determinado fato sem menosprezar quaisquer dúvidas, sobretudo, ouvir todos os lados envolvidos nos fatos”

Mauro Ramalho: A maioria dos veículos de mídia impressa hoje, são um release das prefeituras, comprados pelas verbas municipais e pela publicação dos editais. Como é fazer o verdadeiro jornalismo sem as amarras da corrupção ?

José Santana: Como disse acima, fazer jornalismo independente, depende de coragem criteriosa e de caráter dos editores e dos jornalistas que se arriscam nesta aventura difícil do jornal que tem a responsabilidade de noticiar os fatos, sem se colocar no cenário e jamais assumir para si o papel de comentar ou de formar juízo de valor sobre os fatos narrados. Cabe ao profissional ser o portador da notícia e quando todos estes requisitos estão apostos em um veículo de comunicação os releases de prefeitura não encontram muito espaço e devido a falta de ética, caráter e de profissionalismo, jornais que teriam por obrigação de expediente noticiar para seu cliente (o leitor) acabam prestando um desserviço a sua sociedade por não fundamentar sua linha editorial na pauta diuturna da busca da verdade e dos fatos, e passam a prestar serviços de releases porque dependem de verbas carimbas de prefeitura ou grupos empresariais que ditam o que eles devem escrever e publicar em seus periódicos. Considero este tipo de jornalismo o de pior espécie quais causam grande males a sociedade, por alienar as mentes e proteger o que considero criminosos de plantão, que utilizam a imprensa para defender seus interesses próprios ou de grupos suspeitos, o jornal é o olho da sociedade e não pode esconder malfeitos ou estar a serviço do estado ou de grupos que visam apenas os interesses econômicos, “uma imprensa alienada leva toda a uma sociedade ao caos”

Mauro Ramalho: O que representa para a cidade de Itapema e região, contar com um Jornal que faz jornalismo investigativo a quase 15 anos?
José Santana: Sou suspeita em formar uma opinião neste sentido, mas posso falar por minha experiência, creio que Itapema e a Costa Esmeralda ganhou muito com o jornalismo investigativo e independente, hoje a nossa região tem o conhecimento que existe veículos de comunicação como o que dirijo, a Folha do Estado, não tem um preço, que não senta para negociar as costa dos seus leitores e da comunidade. Com isto, a sociedade ganha e melhora a qualidade dos serviços públicos e privados, hoje, a região sabe que se um governo ou uma empresa privada cometer excessos e for alvo de uma denúncia no Folha do Estado, e a mesma tiver fundamento, além da notícia, certamente, provocaremos as autoridades competentes no sentido de apurar a notícia, como já ocorrerá em Itapema e em toda a região de abrangência da folha que notícia, levou muita gente a condenação, prisão e reparos aos meio ambiente e econômicos. Posso citar um exemplo, do oficio do deputado Jailson Lima, que ao ser publicado no Folha do Estado, abriu CPI para investigar na Assembleia Legislativa a dispensa de licitação para construção da sede do Ministério Público, entre outros casos, como abertura de CPPs, inquéritos administrativos, sobretudo, inúmeros casos de omissão dos governos que após a notícia os casos serem solucionados, são inumeros deles. “A importância do jornalismo bem feito, com pleno domínio do campo narrativo, por vezes chamado de “literário”, fica clara nesta vertente ideológica, em uma sociedade pautada pelo consumo desregrado e imediato, que cultua o objeto “de marca”, onde o “ser” é excluído pela supervalorização de um “ter” desenfreado e ambicioso”.

Mauro Ramalho: Como jornalista, que contribuição você pode dar aos leitores do Jornal Folha do Estado nestas eleições que se aproximam?
José Santana: A maior contribuição que vamos dar é noticiar as novidades da Legislação Eleitoral e do seu papel constitucional. Vamos contribuir para o processo eleitoral de forma que possamos abrir os olhos da sociedade para que antes do voto, o eleitor ser criterioso na sua escolha, vamos publicar edições diárias no portal online e na edição impressa campanhas em favor da escolha consciente, não vamos apontar o melhor e nem que tem melhores condições para legislar ou Governar, vamos alertar o eleitor das conseqüências do seu voto em candidatos que não reúna condições para bem representar os interesses da coletividade. Se o jornalista escreve para seu leitor é por ele, e para ele, que deve se pautar. A intimidade e a confiança gerado pelos jornais de pequenas esferas de abrangência, como jornais e cadernos de bairro, atendem de forma muito mais crucial aos interesses coletivos do que a generalização de abraçar o mundo dos grandes veículos. A estes últimos caberia o papel não de formadores de opinião, mas de iluminadores da reflexão.

Mauro Ramalho: Quando andamos na ruas seu nome aparece como sugestão ao processo eleitoral, porque você não sai a candidato?
José Santana: Que bom, mas não será desta vez, tem pessoas com mais condições para fazer este trabalho, e aproveito, através deste espaço comunicar a todos os amigos e amigas que não serei candidato nestas eleições, estarei dando a minha contribuição ao município de Itapema, através do jornal Folha do Estado, pela Olho Vivo e pelo escritório de advocacia de minha esposa Lilian Cabral. Desejo a todos os pré-candidatos a vereadores e a prefeito que o espírito político e público predomine o debate sobre os principais problemas que afligem os mais carentes, como educação, saúde e segurança. Tenho certeza que tem homens e mulheres com capacidade para fazer destas eleições a arena ideal para que todos os assuntos relacionados ao desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida, estejam no palco para que cada ator em sua perspectiva possa apresentar as melhores alternativas para a nossa querida Itapema, de um povo, humilde, sincero, sobretudo ordeiro, “que o Arquiteto do Universo repouso sobre a mente de todos os pretensos aos cargos e os ilumine com sabedoria, caráter e probidade”.

José Santana: No quadro atual, não me parece que haverá muitas mudanças, ou seja, até o presente não surgiu um nome de expressão e com conteúdo para alterar o cenário. Em tempos tão difíceis, onde o povo anda incrédulo (e passivo) em relação aos acontecimentos da política nacional, onde agentes públicos são acusados de agir de má-fé com os recursos públicos, notadamente para se locupletar, cabe ao eleitor fazer a seleção e optar pelos melhores qualificados (se existir).

 

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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