Novo boletim da DIVE-SC, n° 22/2019 divulgado hoje, 15, Itapema segue ocupando o topo da lista, o município apresenta o maior número de casos autóctones (666) no estado, com uma taxa de incidência de 1.053,0 casos por 100 mil/hab.
Além de Itapema, com 666 casos, o município de Camboriú registrou 359 casos autóctones e incidência de 444,1 casos por 100 mil/hab., e o município de Porto Belo 85 casos autóctones com uma taxa de incidência de 408,0 casos por 100 mil/hab.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulgado nesta quinta-feira apresenta mais um relatório assustador sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus em todo o Estado de Santa Catarina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
“Em 2019, somente no primeiro semestre foram registrados 666 casos, ou seja, um aumento de 2000% em relação ao ano de 2018. Se considerarmos o primeiro semestre de 2018 com relação ao primeiro semestre de 2019, a doença e em Itapema registrou um aumento de 3220%”
Conforme no relatório de 2016, foram registrados (seis) 6 casos dengue, já no ano de 2018 foram registrados 26 casos, porém, de janeiro a agosto de 2019, a DIVE-SC registrou 666 casos da doença em Itapema.
Conforme protocolo 022019000583973MPSC –de 19 julho, Entidade Olho Vivo pediu providências ao Ministério Público para apurar responsabilidade do governo de Itapema, esclarecer o avanço da epidemia. A Entidade sugere que o Governo desdenhou de alertas, de notificações, dos termos de compromissos e violou os direitos fundamentais a legislação relacionada a Saúde Pública e a Constituição Federal.
Governo Nilza Simas (PSD) assume condição de cidade epidêmica e descontrole no controle da epidemia, contudo, pode ser processada, e ainda pode receber certificado de gestão com maior registro histórico de números de infectados com a doença.
NR: entramos em contato com Emerson, assessor de comunicação da prefeita Nilza Simas, informamos do conteúdo e do relatório, solicitamos informações das ações do governo para combater o avanço da doença, o mesmo não visualizou a solicitação, portanto, segue o espaço em aberto para maiores esclarecimentos.
O que é dengue?
Dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado.
A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, causa uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico, variando desde formas mais leves (oligossintomáticas) até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue circulantes no mundo (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O termo “dengue hemorrágica” deixou de ser empregado em 2014, quando o Brasil passou a utilizar a nova classificação da doença, que leva em consideração que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica. Para efeitos clínicos e epidemiológicos, considera-se a seguinte classificação: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
• evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los,
coloque areia até a borda;
• guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• mantenha lixeiras tampadas;
• deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura,
principalmente as caixas d’água;
• plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
• trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• mantenha ralos fechados e desentupidos;
• lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez
por semana;
• retire a água acumulada em lajes;
• dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
• mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
• evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da
dengue;
• denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria
Municipal de Saúde;
• caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma
unidade de saúde para o atendimento.
Documento em PDF http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/boletim2019/Boletim_Epi_Dengue-15-08-2019/Boletim_n_22_dengue_chikungunya_e_zika_SE_32.pdf