Emissão do CSI não será mais obrigatória
O mercado norte-americano não vai mais exigir Certificação Sanitária Internacional (CSI) para importar pescados brasileiros. O anúncio é do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de que essa decisão vai agilizar as vendas do produto brasileiro.
– Essa desburocratização do processo de exportação não significa a falta de controle, é o contrário, os empresários brasileiros vão seguir as regras da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, o que vai simplificando, desburocratizando o processo e aumentando a competitividade do setor – avalia o ministro Carlos Fávaro em nota publicada pelo Mapa.
– Deixar de emitir o CSI aos Estados Unidos, não só agiliza o processo de exportação, mas também reduz a pressão no nosso trabalho, pois existem unidades que emitem até oito certificados por dia de apenas uma indústria, e se houver mais de uma, esse número dobra – explica Allan Alvarenga, secretário-adjunto de Defesa Agropecuária.
Conforme a plataforma ‘Peixe Br’, da Associação Brasileira da Psicultura, os Estados Unidos foram o destino de 87% do total de pescados exportados pelo Brasil no 2º trimestre deste ano (último indicador disponível).
Nesse período, as exportações brasileiras de produtos de psicultura atingiram US$ 15 milhões. Nove de cada dez quilos de peixes exportados foram de tilápias. Paraná e São Paulo foram os principais produtores e quase 70% dos pescados exportados são filés frescos.
Marrocos – Também está em perspectiva o aumento de exportações de carne bovina e ovina (cordeiros), após o governo de Marrocos anunciar esta semana o fim da cobrança de tributos sobre os produtos brasileiros.
Desde abril, o Mapa e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) fazem reuniões com o Escritório Nacional de Segurança Alimentar do Marrocos para aumentar o fluxo de produtos alimentícios entre os dois países.
Além de carne bovina e ovina, nas reuniões bilaterais também se discutiu a abertura de cotas tarifárias para importações de frango brasileiro e a compra de tangerina do Marrocos pelo Brasil.
Por Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil – Brasília
Edição: Maria Claudia