Jamais esquecerei este mês de julho de 2024, quando a justiça se fez presente
Cheguei a imaginar que jamais conseguiria esquecer aquele mês de outubro de 2020, quando faltando 15 dias para as eleições, fui afastado do cargo de vereador por 30 dias devido a um processo administrativo instaurado na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores, e que estava eivado de vícios procedimentais e de parcialidade. No ápice do mandato de vereador, fui alvo de uma narrativa que colocava minha idoneidade, minha história e minha honra à prova. Era um ano eleitoral, onde muitos criaram inúmeras narrativas para obter vantagens “receber votos” a qualquer custo, independente das consequências. Infelizmente, fui vítima de uma daquelas narrativas que sempre ocorrem nessas épocas.
Perplexo, enfrentei os piores momentos da minha vida pública! Conheci realmente a alma e o caráter de muitas pessoas, que até então se diziam “amigos”, e em especial, de algumas que até chegaram a participar do convívio da minha família. Que decepção! De um dia para outro, Yagan Dadam “deixou” de ser aquele homem honesto, respeitado e admirado, para se tornar suspeito e investigado.
Mas, como homem honrado e de caráter, fui à luta, e muitas vezes me senti sozinho. Encarar o sistema não é para “todos”; enfrentar a injustiça de uma falsa acusação e resistir, sem baixar a cabeça, é coisa para “poucos”. Jamais irei desacreditar da justiça, e encarei esses últimos 3 anos com a certeza que tudo seria esclarecido, e que nada melhor que o tempo para mostrar a verdade e curar as feridas.
Recebi a intimação da decisão do Conselho Superior do Ministério Público de Santa Catarina, que, por UNANIMIDADE, homologou o arquivamento da investigação contra a minha pessoa por inexistência de fundamento (após 3 anos sem encontrar uma prova contraria), e concluiu, que enquanto eu estive no cargo de Vereador, ‘NÃO COMETI NENHUMA IRREGULARIDADE’ e muito menos exigi quaisquer contribuições de meus ex-assessores – constatação negativa.
E ainda concluiu que a ‘Sindicância’ instaurada na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Itapema, NÃO COMPROVOU IRREGULARIDADES, e que as condutas praticadas por mim, não configuraram atos ímprobos, e por consequência o meu afastamento do cargo de Vereador por 30 dias, ‘FOI ILEGAL’.
Como sempre, eu continuo a andar com a cabeça erguida, e com a certeza de que jamais cometi qualquer ato que viesse a prejudicar os interesses dos itapemenses. Talvez, o meu maior pecado enquanto estive Vereador, foi “sonhar/pensar” que todos que ali estavam, lutavam pelo bem comum da sociedade.
Fiscalizar e buscar a verdade, talvez possa ser uma utopia para “muitos”, mas tenho a certeza que ainda é possível. Desde muito cedo, trabalho com minha família, onde aprendi que a vida só vale a pena quando os resultados que você conquista, advém do nosso suor. É com muita serenidade que digo: estou com a alma lavada!
Jamais esquecerei os que ficaram ao meu lado e acreditaram no meu caráter e na minha inocência, em especial a minha esposa, meus irmãos, meus pais e os amigos leais.
Porém, não esquecerei os que articularam aqueles momentos sombrios, que se mostraram verdadeiros lobos em pele de cordeiros. No entanto, como cristão lhes concedo o perdão.
“A Deus o meu muito obrigado por ter me concedido paciência, sabedoria e saúde para chegar até este momento, pois a luta continua e os sonhos jamais serão ceifados. A todos, o meu respeito e minha admiração”.
DECLARAÇÃO: Nota distribuída pelo Conselho Superior do Ministério Público informa que o ex-vereador de Itapema, Yagan Dadam foi declarado inocente das acusações que pesavam sobre ele. Após três longos anos Yagan penou sob a acusação falsa de que teria praticado o ilícito das rachadinhas. Agora livre, ele afirma que perdoa os acusadores, mas que jamais esquecerá o que lhe fizeram à época.
