Nos estados sulinos a prática do chimarrão tornou-se um hábito
Chimarrão Tradicional.
Muito mais do que um hábito da população do Sul do Brasil – especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e regiões oeste e sudoeste do Paraná – e até nas capitais desses estados a tradição de tomar chimarrão já é uma constante entre muitas pessoas. Isso porque o chimarrão faz bem à saúde. Estudos comprovam que a erva-mate, que pode ser consumida como chimarrão ou chá traz diversos benefícios às nossas funções orgânicas. Os principais componentes da planta atuam como auxiliares em dietas, como diuréticos, digestivos, e também ajudam no tratamento da fadiga funcional. De acordo com um estudo recente, o mate, além de estimulante, também faz bem ao coração. O trabalho mostra que o uso diário de 100 gramas da erva-mate pode causar a diminuição de 29% dos níveis de colesterol e de 62% nos triglicerídeos, afastando os riscos de problemas cardíacos.
MAS COMO DEVE SER SERVIDO?
Cuias específicas sem problema de bactérias.
De nada adianta consumir a erva como chimarrão se você não souber como servir a bebida. O porongo, material utilizado na fabricação de cuias é muito poroso, ele absorve umidade e provoca o acúmulo de resíduos e a proliferação de bactérias, tornando-se uma ameaça à saúde. Já as cuias de cerâmica são as melhores opções, pois além de serem atóxicas e livres de metais pesados, essas cuias ajudam a preservar a temperatura da bebida, além de otimizar o aroma e o sabor da erva. Segundo uma produtora desse tipo de material, os produtos são fabricados em um processo de alta tecnologia. As cuias de cerâmica são feitas com matéria-prima de primeira qualidade e a decoração das peças é manual, tudo para garantir um resultado único e exclusivo aos produtos.
HISTÓRICO DO CHIMARRÃO
Os primeiros povos de que se tem conhecimento de terem feito uso da erva-mate são os índios guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis; e os índios cvaigangues, que habitavam na região dos atuais estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Para´na e Misiones (Argentina). Da metade do século XVI até 1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guayrá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual foram fundadas três cidades espanholas e quinze reduções jesuíticas.
O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado como: “erva do diabo”, pelos padres jesuítas, das reduções do Guairá, que, no entanto, a partir do século XVI, mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.
Por L. Pimentel