GRUPO CHEBGOU A RAFAH DE ONDE AGUARDA SINAL VERDE DA EMBAIXADA DO BRASIL
O grupo, que estava em um abrigo no norte da Faixa de Gaza, perto da fronteira com o sul de Israel, embarcou nesta manhã em uma viagem com um ônibus fretado pela Embaixada do Brasil na Palestina. Os brasileiros foram primeiro levados até a cidade de Khan Younes, por meio de uma rota considerada segura – a Embaixada recebeu informações que não haveria bombardeios nessa estrada.
Em Khan Younes, os brasileiros foram levados ao prédio no qual vive uma família brasileira. Eles ficarão lá, segundo a Embaixada, enquanto esperam para cruzar a fronteira e embarcar, já no Egito, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que os levará ao Brasil. Um dos desafios para cumprir essa trajeto é que o grupo pode ter agora uma janela de poucas horas para conseguir cruzar a fronteira.
Isso porque, segundo disseram integrantes das negociações entre Egito, Israel e Estados Unidos à agência de notícias Associated Press e à rede de TV Al-Jazeera, as partes chegaram a um acordo para abrir a fronteira entre o sul de Gaza e o Egito – que está fechada desde o início da guerra entre Hamas e Israel. A rede CNN Internacional afirmou que fontes do Ministério da Defesa de Israel autorizaram a passagem entre Gaza e Rafah, no Egito, mas não especificaram quando a fronteira seria aberta. Apenas cidadãos estrangeiros poderiam passar por esse corredor, segundo o acordo.
TRAJETO BOMBARDEADO
Para garantir a segurança, a Embaixada esperou a garantia, por Tel Aviv, de que não haveria bombardeios na rota. O embaixador Alessandro Candeas afirmou também que a Embaixada informou a placa e o modelo do ônibus a autoridades de Israel e ao Hamas, que governa e controla a Faixa de Gaza.
SEGUNDA TENTATIVA
O avião enviado pelo governo brasileiro para resgata-los da região e trazê-los de volta ao Brasil está em Roma, na Itália, e aguarda que o grupo cruze a fronteira para voar o Egito. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou na sexta-feira (13) que o embarque será realizado em um local no Egito perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e não mais na capital, Cairo.
Por Luisa Belchior, g1