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ITAPEMA: FALTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DE VIDA

Vamos falar sobre a nossa cidade, e para isso vamos fazer um breve relato do seu histórico: Itapema, 61 anos, está situado no litoral norte de Santa Catarina, 39º, economia do Estado, e está geograficamente em uma situação privilegiada, devida o acesso ao BR101, que linkam às principais cidades da região, como Itajaí 15km, (Porto) Navegantes 20Km, (Aeroporto) Internacional e a estando uma hora da capital Florianópolis. No centro nervoso da Costa Esmeralda, inserida numa das regiões do Vale do Itajaí, vem despontando como um dos lugares mais bem valorizados do país, praias belas, e com uma estrutura de edificações modernas e de alto padrão.

Este corredor de acesso vem desde das décadas de 1990/2000, atraindo investidores vocacionados para os setores da indústria da construção civil e serviços, a alta demanda tem atraído migrantes de todas as regiões do Estado e do norte e nordeste do país.

Salto demográfico descontrolado e sem planejamento, em 1990, itapema, tinha uma população, de cerca de 12,5 mil habitantes. Uma década após, no ano de 2000, a população dobrou, saltou dos cerca de 12,5 para 25,8 mil habitantes. Considerando estes dados, auferidos pelo IBGE, mostra um crescimento demográfico acima da média nacional e o impacto na infraestrutura e no orçamento do Município. Voltamos no censo do IBGE de 1970, após a sua emancipação, a população era de 3.492 habitantes. Esta conjectura já impactava na economia do município, pontuações que serão desnudadas neste artigo. No ano de 2000, muitos se falava a respeito de infraestrutura e planejamento, os programas de governos sempre apontavam para a emergência de investimentos em saneamento básico, mobilidade, segurança, habitação e segurança.

Vejamos que a mesma infraestrutura de serviços públicos nos anos de 2000, quando a população de Itapema, já era de 25.869 habitantes, chegando em 2010 a 45.797 pessoas, crescendo 77,03% somente neste período. Mesmo com esse crescimento, os gestores públicos não pensaram a cidade para o conjunto de exigências despertadas pelas novas gerações de migrantes e nativos que é uma pequena minoria, comunidade esta que até os anos de 2000, eram majoritariamente de 90% dos moradores. As implicações tem exigido respostas dos gestores, que lentos em relação às inovações que exigem as legislações ambientais e as novas ferramentas amplamente debatidas nas escolas acadêmicas de administração e Gestão Pública.

Portanto, é factível reconhecer a importância dos serviços de saneamento básico, tornando este um dos principais mecanismos de prevenção, evitando a propagação de doenças e a proliferação de vetores e pragas. É imperativo reconhecer que a implantação da coleta e tratamento de esgoto e distribuição de água potável, avançaram em muito, razão esta que impacta dos indicares de crescimento urbano e demográfico, esta informação é corroborada com relatório apresentado no (Diagnostico-Socioeconômico-Cultural-Infraestrutura) pag52Doc. “A Vigilância Epidemiológica do município de Itapema não informou as DRSAI (Doenças Relacionadas com o Saneamento Inadequado) e nem doenças infecciosas parasitas”.

Se avançamos nesta plataforma, o que houve com os demais equipamentos: habitação, educação, segurança e mobilidade urbana. Uma análise mais criteriosa vamos encontrar uma série de incongruências no modelo de gestão que numa observação rasa, sem muitos detalhes podemos fazer um desenho e identificar as falhas no tocante a falta de planejamento estratégico, sobretudo, da flagrante ausência de gestores de projetos para processar o planejamento, tanto estratégico como no fundamento clássico para elaboração, controle de projetos, dentre todas as ferramentas técnicas, está é apenas umas sínteses do drama vivido por uma gestão que continua vivendo no final da década de 90. Até os considerados leigos entres os comuns sabem da importância do Planejamento, seja no desenvolvimento de atividades corriqueiras, técnicas e profissional, o cidadão moderno necessita recorrer ao mínimo de planejamento para assegurar a sua sobrevivência.

Faço esta contextualização para exemplificar num linguajar comum que a ideia é preparar um curso, uma linha tênue para que os cidadãos possam navegar em mar revolto de conhecimento científicos, com o acelerado avanços das tecnológicas instantâneas de redes, no qual os projetos também possam ser desenvolvidos com a mesma velocidade dos avanços, também nas infraestruturas, entregas de equipamentos e serviços de qualidade para poderem utilizar as estradas, as bússolas, os navegadores para atravessar com acessibilidade pelos desafios impostos pela sustentabilidade de programas eficazes e eficientes que exigem os atuais cidadãos, com enfoque e metodologias próprias.

Resumindo o impacto do crescimento demográfico de 2010 para 2020 impacta numa Gestão que está vendo passar o crescimento sem acompanhar os seus avanços; “Segundo estimativa do IBGE em 2020, a população de Itapema era de 67.338 habitantes, com crescimento de 47,04% em uma década.

Para finalizar, concluo, com o alerta, por mais que os projetos de gestão pública sejam bem elaborados, requer constante vigilância, sobre a condição do qual pode estar sendo ultrapassado, no desuso e convertendo-se numa cidade atrasada ao seu tempo em todos os aspectos de instrumentalização necessárias para plena qualidade de vida.

José Santana

Consultor/jornalista e Gestor em Administração Pública.

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