LEI SOBRE O ASSUNTO FOI APROVADA NA CÂMARA
Lei aprovada na Câmara de Itapema quer garantir o atendimento por colaborador capacitado a acompanhar pessoas cegas ou com deficiência visual. PL aguarda sanção da Prefeitura para se tornar Lei Municipal e levanta debate sobre inclusão.
Você já se perguntou como um cego ou deficiente visual faz compras no mercado? Difícil não é mesmo!? Como saber em que setor do mercado ele está? Como saber que produto tem nas mãos? E o mais difícil, como saber o valor de cada produto?
Uma Lei aprovada na última semana pela Câmara de Itapema vem atuar nesse sentido, garantindo atendimento para auxiliar esse público na hora das compras. De autoria do vereador Jean do Dimar (MDB), a nova Lei pode entrar em vigor se for sancionada pelo Poder Executivo.
Na expectativa pelo parecer positivo da Prefeitura, a votação do Projeto de Lei 59/2023 levantou outro importante debate: a necessidade de capacitar colaboradores para poder atender cego e deficientes visuais em suas necessidades. E mais: por que não garantir esse atendimento diferenciado para pessoas com outras necessidades?
A equipe da TV Câmara conversou com o paratleta Marcos Hoeschl, cego há 3 anos. Nesse período ele se tornou Embaixador da Escola de Cão Guia Hellen Keller. Ele comenta a importância dessa legislação, assim como o baixo custo para capacitação de equipes.
Dimar sustenta ser importante que cada mercado tenha uma pessoa capacitada para acompanhar as pessoas deficientes, cegas ou com pouca visão, a fim de que elas possam fazer suas compras com maior rapidez e sabendo tudo sobre o que estão comprando.
Marcos Hoechl, que perdeu a visão tem algum tempo, disse que a medida vai auxiliar muito as pessoas. Marcos lembra que o portador de algum tipo de deficiência, especialmente os deficientes visuais precisam de apoio para identificar preço e rótulo dos produtos, além de saberem em qual corredor do mercado se encontram. Destaca que ter alguém capacitado para acompanhar o deficiente é muito importante. Mas que este é apenas o primeiro passo, pois muitas mudanças ainda precisam ser realizadas para que todos os clientes possam ser atendidos, independentes de suas condições.
Marcos saliente que não apenas os mercados precisam ter uma pessoa determinada a esse tipo de atendimento, mas outros locais também. Isso evitaria qualquer tipo de constrangimento. Ele diz que a lei vem em boa hora, pois são muitos os que precisam desse acompanhamento ao irem a supermercados ou outras lojas.
O presidente do Legislativo Municipal, Jean do Dimar está aguardando a sansão do projeto pela prefeita Nilza Simas. Ele disse que tem certeza de sua aprovação.