Ela criticou a Argentina por não ter assinado resolução sobre o tema
Abertura do G20 Social, no Museu do Amanhã — Foto: Beth Santos/ Prefeitura do Rio.
Com foco em debates voltados para questões como o combate à fome e à pobreza, o G20 Social é um evento paralelo a Cúpula do G20 – a reunião de líderes das 19 principais economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, que acontece nos dias 18 e 19.
A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, defendeu a igualdade de gênero durante a abertura do G20 Social, nesta quinta-feira (14), e criticou a Argentina por ter se negado a assinar a resolução que será entregue aos líderes da Cúpula do G20 com propostas voltadas a esse tema pelo Grupo de Trabalho de Empoderamento, da qual faz parte.
– A voz das mulheres precisa ser ouvida, e o GT de Empoderamento saiu com uma resolução muito forte, muito potente. Infelizmente tivemos um país, que foi a Argentina, que por questões, enfim… não assinou a resolução porque tinha lá, no começo da resolução, igualdade de gênero – disse Janja.
– E pra mim, eu não consigo conceber que hoje a gente possa pensar o mundo daqui pra frente sem termos igualdade de gênero, onde a nossa voz seja forte e potente – completou.
O prefeito Eduardo Paes abriu oficialmente os trabalhos do G20 Social — Foto: Beth Santos/ Prefeitura do Rio.
O prefeito Eduardo Paes abriu os trabalhos do G20 Social, no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
– Esse é um legado da presidente brasileira do G20 (G20 Social). Estamos também realizando o U20, que são os líderes das cidades. Os líderes globais estão reunidos e precisam ouvir o que o povo precisa, o que o povo tem a dizer. O Rio estará sempre aberto a receber todos – disse.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a participação de representantes da sociedade civil no evento.
– O que estamos vivenciando aqui é um legado de esperança, mobilização e mudança que o Brasil quer deixar para o mundo, com uma proposta de governança global e que reconhece a importância da participação da sociedade civil em decisões que impactam as vidas. O Brasil na presidência do G20, sob a liderança do presidente Lula, traz hoje uma oportunidade para a população dar a sua contribuição através do G20 Social.
Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, também defendeu a inclusão da população nos debates. “Se o G20 Social der certo e já deu (…) nunca mais esses bacanas vão fazer o G20 sem a participação do povo”.
O QUE É G20 SOCIAL
O G20 Social é um evento paralelo à Cúpula do G20 – a reunião de líderes das 19 principais economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana. A proposta do encontro é manter o foco em debates voltados para questões como o combate à fome e à pobreza, além de debater sobre economia criativa nas favelas, uso de inteligência artificial em benefício dos Direitos Humanos, entre outros assuntos.
Entre esta quinta e sábado (16), o evento vai reunir representantes da sociedade civil e lideranças de entidades governamentais do Brasil e de outros países. São rodas de conversas, palestras, debates e painéis sobre desafios sociais globais, como desigualdade, pobreza, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e direitos humanos.
MESA DE ABERTURA
A mesa de abertura contou com a participação de várias autoridades. Confira: Eduardo Paes, prefeito do Rio; Márcio Macêdo, ministro de Estado da Secretaria-Geral da Presidência da República; Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil; Embaixador Mauro Vieira, ministro de Estado das Relações Exteriores; Margareth Menezes, ministra de Estado da Cultura; Morgan Ody, representante da sociedade civil Internacional; Edna Rolland, representante da sociedade civil Brasileira.
Além da mesa de abertura com a presença de autoridades do governo brasileiro, centenas de outros encontros acontecem no Museu do Amanhã, Armazém 2, Armazém 3, Armazém da Utopia e no Espaço Kobra das 9h às 13h e das 14h às 18h.
Por Raoni Alves – g1 Rio