sábado, março 22, 2025

JOINVILLE: MULHER MORRE ELETROCUTADA AO LAVAR CALÇADA COM LAVA JATO

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DAIANI DE OLIVEIRA USAVA A MÁQUINA EM CASA

Mulher tinha 39 anos e estava em casa quando sofreu o acidente — Foto: Redes sociais/ Reprodução

Uma mulher de 39 anos morreu eletrocutada enquanto usava uma lavadora de alta pressão – ou lava a jato – em Joinville, no Norte de Santa Catarina, informou a Polícia Militar.
A vítima, Daiani Ramos de Oliveira Nobre, limpava a calçada de casa quando sofreu o acidente, informou a amiga Suzana Marina. O caso ocorreu no fim da tarde de segunda-feira (25).
De acordo com a PM, ao ouvir os gritos de socorro da filha da vítima, de 14 anos, um vizinho, que morava na casa de trás, imediatamente pulou o muro e se deparou com a mulher caída no chão. Segundo o relato dele, havia bastante água em volta do corpo e o equipamento estava caído do lado dele.
Enquanto a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não chegava, segundo o relato do vizinho à polícia, outros moradores do bairro, ao verem a situação, se juntaram ao homem e tentaram reanimar a vítima. Quando os socorristas chegaram, deram continuidade ao trabalho, mas a morte foi constatada em seguida. O marido da mulher estava na casa do pai dele e foi avisado sobre o acidente pela enteada. Após isso, a Polícia Científica também foi acionada e levou o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). Um boletim de ocorrência foi registrado.

COMO EVITAR ESSE TIPO DE ACIDENTE?

Segundo o mestre em energia elétrica Raimundo Celeste Ghizoni Teive, equipamentos como lavadores de alta pressão ou cortadores de grama podem ter fuga de corrente elétrica e precisam sempre estar ligados a tomadas que possuem, no circuito delas, um Dispositivo Diferencial Residual (DR).
“Eventualmente, algum fio energizado pode encostar indevidamente em uma parte metálica do equipamento, que não é isolante e conduz eletricidade”, comenta.
O especialista explica que o DR, considerado um disjuntor especial, identifica quando há uma fuga de corrente, fazendo o circuito desligar e evitando choques que podem levar à morte.
A corrente vem pelo fio fase, passa pelo equipamento e volta pelo neutro. O DR vê quando a corrente que vai pela fase é muito diferente da que volta pelo neutro”, comenta. De acordo com ele, as duas precisam ser iguais.
O preço do DR é maior que o do disjuntor normal, o que explica, muitas vezes, a falta de adesão nas casas. “O objetivo do disjuntor normal é proteger, por exemplo, o lava a jato, e não proteger as pessoas (como é o caso do DR)”, afirma Teive.
“Não é toda tomada que o circuito dela precisa ter o DR, só aquelas que têm mais risco de choque. E quais são? De chuveiro, da cozinha, da área de serviço e de tomadas que vão ser usadas para esses equipamentos”, complementa o engenheiro.

ATERRAMENTO

Segundo Teive, para melhorar a proteção, é necessário também garantir o aterramento elétrico. “Hoje em dia, as tomadas todas têm que ter três furos: fase, neutro e terra”, afirma.

Por Sofia Mayer e Sabrina Quariniri, g1 SC e NSC. O g1 SC procurou a Polícia Civil, mas não teve retorno até a última atualização do texto.

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Redação
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