JULGAMENTO PARCIAL, CRUCIFICAÇÃO E A MORTE DE JESUS CRISTO

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Passado mais de dois mil anos, os homens seguem falseando a verdade, desde a queda de Adão, acusou Eva e ela acusou uma “cobra” falante, assim é o perfil dos homens que fogem das suas responsabilidades, cometem as falhas individuais e coletivas, logo arranja um culpado para aliviar sua falha de caráter e de culpa de consciência.

Foi o homem, as autoridades daquele governo provinciano que estabeleceram um tribunal parcial, desprovido do amplo direito a defesa, patrocinado por acusadores falsos, injuriadores e caluniadores cruéis e não Deus, que planejou e executou a morte de Jesus na cruz.

Bem verdade é que o Pai se recusou a interferir na marcha dos acontecimentos humanos neste episódio, cruel e sem ímpar em todo o Universo dos universos, mas o Pai no Paraíso não decretou, nem exigiu ou solicitou a morte do seu Filho, como foi executada na Terra.

TRIBUNAL ORQUESTRADO PARA JULGAR E CONDENAR JESUS A MORTE

Pouco depois das seis horas dessa manhã de sexta-feira, 7 de abril, do ano 30 d.C., Jesus foi levado perante Pilatos, então procurador romano do governo da Judéia, Samaria e Iduméia, sob a supervisão imediata do emissário da Síria. Amarrado, o Mestre foi levado à presença do governador romano pelos guardas do templo; e estava acompanhado de cerca de cinqüenta dos seus acusadores, incluindo o tribunal sinedrista (principalmente os saduceus), Judas Iscariotes, o sumo sacerdote, Caifás, e o apóstolo João. Anás não apareceu diante de Pilatos.

QUAIS FORAM AS ACUSAÇÕES?

“O tribunal sinedrista apresentou as seguintes acusações contra Jesus, que ele era um malfeitor e um perturbador da nossa nação, sendo, pois, culpado de:

“1. Subverter a nossa nação e incitar nosso povo à rebelião.

“2. Proibir o povo de pagar o tributo a César.

“3. Chamar a si próprio de rei dos judeus e de pregar a fundação de um novo reino”.

Ali estava o Filho de Deus encarnado como o Filho do Homem. Ele fora preso sem acusação de culpa; acusado sem evidências; julgado sem testemunhas; punido sem um veredicto, e, agora, estava para ser, em breve, condenado a morrer por um juiz injusto que confessava não haver encontrado nenhum erro nele.

A declaração dos sacerdotes principais e dos saduceus: “Não temos nenhum rei a não ser César”, foi um choque até para o povo irrefletido; mas agora, ainda que a multidão ousasse abraçar a causa do Mestre, era tarde demais para salvar Jesus.

Resumindo, Então, uma vez mais Pilatos disse: “Por que crucificaríeis este homem? Que mal ele fez? Quem virá até aqui para testemunhar contra ele?” Mas quando ouviram Pilatos falar em defesa de Jesus, apenas gritaram ainda mais e mais alto: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

A CAMINHO DO GÓLGOTA

O Mestre andava penosamente pelo caminho da crucificação, pois ele estava muito cansado, quase exausto. Não tinha ingerido nem alimento, nem água, desde a Última Ceia na casa de Elias Marcos; nem lhe tinha sido permitido gozar de um momento de sono. Além disso, havia sido realizado um interrogatório atrás do outro, até a hora da sua condenação, para não mencionar os açoites abusivos, o sofrimento físico e a perda de sangue conseqüente. A tudo isso ainda se sobrepunham uma extrema angústia mental, a sua aguda tensão espiritual e um sentimento terrível de solidão humana.

Pouco depois de passar pelo portão do caminho de saída da cidade, Jesus cambaleou, carregando a viga da cruz, a sua força física momentaneamente diminuiu e ele caiu sob o peso da sua pesada carga. Os soldados gritaram com ele e chutaram-no, mas ele não conseguia levantar-se. Quando o capitão viu isso, sabendo o que Jesus havia já suportado, comandou aos soldados que desistissem. E então ordenou a um transeunte, um tal de Simão de Cirene, que tirasse a viga da cruz dos ombros de Jesus e obrigou-o a carregá-la pelo resto do caminho ao Gólgota.

A CRUCIFICAÇÃO

Inicialmente os soldados amarraram os braços do Mestre com cordas à viga da cruz e, então, pregaram-no, pelas mãos, à madeira. Depois de içarem essa viga até o poste, e após haverem-na pregado com segurança na viga vertical da cruz, eles ataram e pregaram os seus pés na madeira, usando de um grande cravo para penetrar ambos os pés. O braço vertical possuía um grande apoio, colocado na altura apropriada, que servia como uma espécie de selim para suportar o peso do corpo. A cruz não era alta, e os pés do Mestre ficaram a um metro apenas do solo. Ele estava possibilitado de ouvir, portanto, tudo o que era dito em menosprezo a ele, e podia ver claramente a expressão nos rostos de todos aqueles que tão impensadamente zombavam dele. E também todos os presentes puderam ouvir facilmente, e na íntegra, o que Jesus disse durante essas horas de prolongada tortura e de morte lenta.

O LADRÃO DA CRUZ

Um dos bandidos recriminou Jesus, dizendo: “Se tu és o Filho de Deus, por que não salva a ti e a nós?” Todavia, quando ele fez essa reprovação a Jesus, o outro ladrão, que muitas vezes havia ouvido o Mestre ensinando, disse: “Não tens nenhum medo, nem de Deus? Não vês que estamos sofrendo justamente pelas nossas ações; e que este homem sofre injustamente? Melhor seria buscarmos o perdão dos nossos pecados e salvação para as nossas almas”. Quando ouviu o ladrão dizendo isso, Jesus voltou o rosto na direção dele e sorriu com aprovação.

Quando o malfeitor viu a face de Jesus voltada para ele, tomou coragem e, assoprando sobre a chama vacilante da própria fé, disse: “Senhor, lembra-te de mim quando chegares no teu Reino”. E então Jesus disse: “Em verdade, em verdade, hoje eu te digo que algum dia tu estarás comigo no Paraíso”.

O Ladrão na cruz é uma lição para todos os seres humanos, que a salvação é individual e soberana, ela pode acontecer a qualquer momento e ninguém a não ser o próprio homem reconhecer que é eterno e carece da misericórdia de Deus, essa decisão chegou para o ladrão na cruz em suas horas finais, ele reconheceu e salvou a sua alma da perdição eterna.

Os dois ladrões crucificados com Jesus eram comparsas de Barrabás e, mais tarde, seriam executados até a morte com o seu líder, se este não houvesse sido libertado pelo perdão de Pilatos na Páscoa. Assim, Jesus foi crucificado no lugar de Barrabás.

ORAÇÕES FINAIS DE JESUS NA CRUZ

Pouco depois de uma hora da tarde, em meio à escuridão, Jesus começou a ter a sua consciência humana em desvanecimento. As suas últimas palavras de misericórdia, de perdão e de conselho tinham sido ditas.

O seu último desejo — a respeito de cuidarem da sua mãe — havia sido expresso. Durante essa hora de proximidade da morte, a mente humana de Jesus recorreu à repetição de muitas passagens das escrituras hebraicas, particularmente os salmos.

O último pensamento consciente do Jesus humano esteve ocupado com a repetição, na sua mente, de trechos do Livro dos Salmos, conhecidos agora como o vigésimo, o vigésimo primeiro e o vigésimo segundo salmos. Embora os seus lábios freqüentemente se movessem, ele estava muito fraco para proferir as palavras dessas passagens, que ele sabia de cor tão bem e que passavam pela sua mente. Umas poucas vezes apenas aqueles que permaneciam ali captaram alguma articulação, tal como: “Eu sei que o Senhor salvará seus ungidos”; “A tua mão encontrará todos os meus inimigos” e “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Jesus não teve nem por um momento a mais leve sombra de dúvida de que tinha vivido de acordo com a vontade do Pai; e jamais duvidou de que estava agora entregando a sua vida na carne de acordo com a vontade do Pai. Ele não sentia que o Pai o houvesse abandonado; estava meramente recitando, para a própria consciência em desvanecimento, muitas das escrituras e, entre elas, esse salmo, o vigésimo segundo, que começa por: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” E aconteceu que essa foi uma das três passagens ditas com clareza suficiente para ser ouvida por aqueles que permaneciam perto dele.

MORREU COM NOBREZA COMO TINHA VIVIDO

Jesus morreu com nobreza — como tinha vivido. Ele admitiu sem reservas a sua realeza e permaneceu senhor da situação durante todo esse trágico dia.

Caminhou voluntariamente para um morte ignominiosa, após haver provido a segurança dos seus apóstolos escolhidos. Soube conter, com sabedoria, a violência encrenqueira de Pedro e providenciou para que João pudesse permanecer junto a ele até o fim da sua existência mortal.

Revelou a sua verdadeira natureza ao sinédrio assassino e lembrou a Pilatos a fonte da sua autoridade soberana, como Filho de Deus.

Ele partiu para o Gólgota carregando a viga da sua própria cruz e terminou a sua paixão de amor entregando o seu espírito de aquisição mortal ao Pai do Paraíso. Depois de uma vida assim — e de uma tal morte — o Mestre poderia apenas dizer: “Está acabado”. Ou seja, Consumado. “Pai perdoa-os porque eles não sabem o que fazem” ainda assim, fomos perdoados por crucificá-lo!

APÓS A CRUCIFICAÇÃO

Em meio à escuridão da tempestade de areia, por volta de três e meia da tarde, Davi Zebedeu enviou o último dos mensageiros levando a notícia da morte do Mestre. O último dos seus corredores, ele o despachou para a casa de Marta e Maria, em Betânia, onde ele supunha que a mãe de Jesus estivesse hospedada com o resto da sua família.

Após a morte do Mestre, João mandou as mulheres, a cargo de Judá, para a casa de Elias Marcos, onde passaram o dia de sábado. O próprio João, que a essa altura era bem conhecido do centurião romano, permaneceu no Gólgota até que José e Nicodemos chegassem à cena com uma ordem de Pilatos autorizando- os a tomar posse do corpo de Jesus.

Assim terminou um dia de tragédia e sofrimento em um vasto universo cujas miríades de inteligências encontravam-se estremecidas com o espetáculo chocante da crucificação do seu amado Soberano em sua encarnação humana, todas elas aturdidas com tamanha exibição de insensibilidade mortal e perversidade humana.

O CORPO NA TUMBA E OS TRÊS DIAS CRUSCIAIS

O corpo mortal de Jesus permaneceu durante um dia e meio no sepulcro de José; o período entre a sua morte na cruz e a sua ressurreição é um capítulo pouco conhecido para nós, da carreira terrena de Jesus.

Podemos discorrer sobre a colocação do Filho do Homem no sepulcro e incluir nesse registro os acontecimentos associados à sua ressurreição, mas não é possível proporcionar muita informação de natureza autêntica a respeito do que realmente aconteceu durante esse tempo, de cerca de trinta e seis horas, desde as três horas da tarde da sexta-feira até as três horas da manhã de domingo.

Esse intervalo de tempo, na carreira do Mestre, começou pouco antes de haver sido ele descido da cruz pelos soldados romanos.

Jesus permaneceu suspenso na cruz por uma hora depois da sua morte. E teria sido retirado mais cedo, caso não houvessem protelado o golpe final nos dois ladrões.

O Pai no céu amava os homens mortais na Terra antes da vida e da morte de Jesus, na Terra, tanto quanto ele ama depois dessa demonstração transcendental de co-participação entre o homem e Deus. Essa transação poderosa da encarnação do Deus de na Terra, como um homem, no planeta, não poderia aumentar os atributos do Pai eterno, infinito e universal; no entanto, enriqueceu e iluminou a todos os outros administradores e criaturas do universo.

Conquanto não haja de ser por isso que o Pai do céu em nada mais nos amaria, é, todavia, em vista dessa autodoação de Jesus Cristo para por um ponto final na secessão de Lúcifer e abraçar as todas as outras inteligências celestes que nos amam em todos os espectros. E isso é assim porque Jesus não apenas fez uma revelação de Deus para o homem, mas porque, do mesmo modo, fez uma nova revelação do homem aos Deuses e às inteligências celestes do universo dos universos, “Vós, mortais, sois filhos de Deus, e apenas uma coisa é exigida para que essa verdade seja factual na vossa existência pessoal, e esta é a vossa fé, nascida do espírito”.

Material é resultado de pesquisas em livros históricos como o Novo Testamento e outro outras literaturas cristãs.

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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