LULA RECEBE MINISTRO DA DEFESA E CHEFES DAS FORÇAS ARMADAS FORA DA AGENDA

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Presidente e comandantes militares se reúnem no Alvorada

Lula, os comandantes das Forças Armadas e José Múcio, ministro da Defesa, na tribuna do 7 de Setembro. Imagem: Ricardo Stuckert.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, neste sábado (30), com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com comandantes das Forças Armadas no Palácio do Alvorada, em Brasília. O encontro durou cerca de duas horas.

REUNIÃO ACONTECEU FORA DA AGENDA

O encontro aconteceu em meio a discussões sobre a idade mínima para que militares passem para a reserva, e dias depois de a Polícia Federal tirar o sigilo das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado – que atingiu generais que estiveram no comando da Defesa e da Marinha no governo de Jair Bolsonaro.

ENCONTRO TEVE ALTO COMANDO

A reunião foi noticiada pela CNN Brasil e confirmada com ao menos duas fontes próximas ao Planalto pelo UOL. Além de Múcio, o encontro reuniu os generais Tomás Paiva, comandante do Exército; o brigadeiro Marcelo Damasceno (Força Aérea Brasileira); e o almirante Marcos Olsen (Marinha). Oficialmente, nem o Planalto nem a Defesa responderam às perguntas sobre o teor da reunião, o que abriu especulações sobre o assunto.

INVESTIGAÇÃO INTERNA NO EXÉRCITO

Na sexta-feira (29), o Exército abriu uma investigação interna para averiguar se houve uso de viaturas de batalhões de Goiânia durante o plano de golpe após a eleição de Lula.

Investigações reveladas pela PF atingiram militares do CopEsp. Segundo reportagem da Folha, todos os batalhões subordinados são investigados pelo CopEsp (Comando de Operações Especiais). As suspeitas foram levantadas pela Polícia Federal durante investigação sobre o plano.

PARTICIPAÇÃO DE JAIR BOLSONARO

A PF afirma que as provas do inquérito “demonstram de forma inequívoca” que o ex-presidente Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa, que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”.

CASO SEGUE NA PGR

O relatório com mais de 800 páginas da PF foi produzido com informações colhidas nas operações Tempus Veritatis e Contragolpe. O caso agora será analisado pela Procuradoria-Geral da República, que pode fazer ou não uma denúncia contra os indiciados ou ainda solicitar mais diligências.

AJUSTE FISCAL TEM COMO META CORTE DE GASTOS

Atualmente, não há idade mínima para que os militares comecem a receber pensão. Independentemente da idade, após 35 anos de serviço, o agente garante a aposentadoria – a chamada reserva remunerada. Ao entrarem na reserva, deixam de exercer a função, mas podem ser convocados em casos de necessidade.

Mudanças devem ser enviadas ao Congresso na próxima semana. A ideia entra no pacote de cortes de gastos proposto pelo Ministro da Economia, Fernando Haddad.

Idade mínima também deve interferir no desenvolvimento da carreira militar. Essa não é única medida proposta por Haddad. O plano de alterações na carreira dos militares envolve, ainda, o fim da pensão à família de militares condenados por crimes ou expulsos da corporação.

Hoje, esses familiares ganham o total da pensão. Na nova proposta, eles passariam a ganhar um auxílio-reclusão, valor que também é pago a familiares de civis presos que contribuíram para a previdência.

Por Eduardo Militão e Talyta Vespa – Do UOL, em Brasília e São Paulo.

Redação
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