Isso pode ocorrer já na próxima semana
No final da última semana circularam informações que falavam do desembarque do MDB da base do governo Fabrício Oliveira. As notícias que corriam eram de que o partido quer integrar a chapa majoritária montada pelo prefeito, sob pena de vir a apoiar uma outra candidatura.
O suposto envolvimento do prefeito na filiação do camboriuense, Renato Cruz, que se transferiu para o MDB de Balneário com a finalidade de ser vice na chapa que Fabrício montou, revoltou os próceres emedebistas Marcelo Achutti e Nilson Probst, filiados históricos da legenda e com longa carreira na vereança. Fabrício tem se comportado como um “reizinho”, impondo sua vontade ao partido (PL) e agora querendo dar as cartas também no MDB. Esse comportamento, no mínimo antidemocrático, está sendo captado pelas ruas e pode levar à união de diversas correntes partidárias, em resposta a tanta arrogância.
O QUE DIZEM PROBST E ACHUTTI
Marcelo Achutti, dissimuladamente, disse que ‘não sabe de onde vem’ essa informação da saída do partido da base governista e que continua como pré-candidato a prefeito pelo MDB. Lembrou que há um compromisso firmado junto ao PL, que data do ano passado, quando o partido foi para a base de Fabrício, e ‘segue acreditando que isso vai ser cumprido’.
– Todo filiado, como o Renato, tem direito de buscar seu espaço, mas eu particularmente vejo isso (dele ser vice da chapa do PL) como um pouco difícil – não vejo ele militar dentro do MDB, não vi ele participar de nenhuma reunião do partido. O momento ainda não é de falar sobre vir a ser vice, ainda sou pré-candidato a prefeito do meu partido. Na convenção, o MDB vai definir qual é o caminho que tomaremos – disse.
Nilson Probst disse que não há nada encaminhado sobre a saída do governo e, assim como Achutti, também meio de viés, afirmou que segue como pré-candidato aos altos da Rua Dinamarca’. Salientou que ‘não abre mão de o MDB não ter seu próprio candidato’.
– Tem pessoas dizendo que o MDB não participa de eventos com o candidato do governo, Peeter Çee, mas nós também somos candidatos, então temos motivos para não participarmos, porque eu sou pré-candidato, assim como o Achutti. Poderemos estar juntos, mas como vou participar da reuniões com o Peeter sendo que também eu sou pré-candidato? Realmente não tenho neste momento informação sobre nossa saída do governo. O que houve foi um desagrado com a filiação de Renato, sem nosso consentimento. Tivemos reunião com a executiva estadual e ficou definido que não haverá nenhum tipo de interferência deles em Balneário. Sigo trabalhando em minha candidatura – afirmou Probst, e acrescentou: “claro que existe uma conversa com a Juliana Pavan, mas, na teoria, há o acordo com o PL, sobre quem tivesse o melhor candidato viria como prefeito e o outro como vice.
– Mas eu vi o Peeter falando em entrevistas que não tem nada definido sobre vice, então se não tem definição, obviamente nós também não temos acordo nenhum. Eu sou pré-candidato, o Achutti diz que é, mas também trabalha a condição de vir a vereador novamente, eu não. Somente prefeito. Podemos compor, mas com quem? Não sei. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Estar no governo e o realizar o encaminhamento para a eleição, são coisas diferentes. Há muitos nomes como: Carlos Humberto, André Meirinho, Lucas Gotardo… todos dizendo que são pré-candidatos, mas existe a possibilidade de composição, só que ainda não sabemos como vai ser e quem vai abrir mão de suas candidaturas – completou.
Por fim, Nilson Probst afirmou que ‘em uma majoritária estaremos de certeza’, pois o MDB ‘é o segundo maior partido da cidade, com a segunda melhor nominata para a Câmara, atrás somente do PL’.
JULIANA PAVAN TAMBÉM OPINOU
Por seu lado, a vereadora Juliana Pavan, pré-candidata a prefeita pelo PSD, disse que está ciente da situação do MDB com o governo e que ‘imaginava que a saída iria acontecer nos próximos dias’. Ela confirmou que ‘há diálogos acontecendo’.
