“Meio quebrada, meio gótica, meio mandraka”, diz Glória Groove sobre novo single

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Glória Groove em BONEKINHA
Reprodução/Rodolfo Magalhães

Glória Groove em BONEKINHA

O novo single de Glória Groove, ‘BONEKINHA’, é a música que irá abrir a nova era da artista, que volta a Zona Leste de São Paulo para contar um pouco mais da história pessoal de Glória. Depois do trabalho R&B no álbum ‘Affair’, a drag queen aposta na mistura do funk com o rock e que vai explorar outros estilos, como o pop punk e emo. A música será lançada nesta quinta-feira (17), às 21h.

“Uma coisa que faz a Lady Leste acontecer é a guitarra rasgadíssima, pedi nas gravações para que não fosse faroeste, queria mais um timbre do tipo do Slash, rasgada mesmo, não foi usado só em Bonekinha e vai entrar em outras músicas. Estudei pop punk, pop emo. Então a gente pode esperar um pouquinho, uma zapeada no rock. O álbum é bem pop, mas vamos ver a Glória Groove mais roqueirinha sim”, contou em entrevista coletiva. 

Sobre a mistura que podemos esperar em ‘BONEKINHA’, Glória conta que a fusão de estilos reafirma a Glória Groove de verdade e homenageia as mulheres que permeiam a vida dela. “É maravilhoso, eu estava a fim de fazer essa fusão, de trazer um estilo que fosse meio de quebrada, meio gótica, meio mandraka. Quando eu ouvi a música eu pensei: nossa eu fiz essa roupa em som, é muito divertido, tem muito a ver. As mandrakas do flow são muito mais rock n’ roll”, conta. 

“Acaba sendo um trocadilho com ser da Zona Leste, e é uma forma de homenagear todas as mulheres para mim que são Lady Leste, são as mulheres da minha família, as minhas sobrinhas, as que trabalham comigo, são tantas mulheres que vem da zona leste e são minha inspiração direta, é uma carta de amor para elas”, afirma. 

“A mandraka, a Lady Leste me lembram demais de amigas minhas do colegial, eu não era essa menina, eu era o menino viadinho gordinho, mas eu olhava para meninas como Lady Leste e queria ter essa atitude. O Lady Leste acaba sendo um vocativo, uma homenagem”, comenta.

Para Glória, Bonekinha conta a fase em que ela voltou do Rio de Janeiro para São Paulo, quando parou as gravações de ‘Bicho do Mato’, da Record. “Bonekinha específico é inspirado na minha fase que voltei do Rio, dos 12 aos 17, os intervalos entre fazer a novela no Rio e fazer teatro, uma vida de estudante na Vila Formosa, trabalhando em dublagem e vivendo a adolescência. Minha fase ‘calça colorida bebendo na porta do shopping'”, diz em tom de brincadeira.

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Comparando com o último trabalho, ‘Affair’, Glória diz que a regra em ‘Lady Leste’ é experimentar. “Eu tinha falta de fazer o pop. Fazer o pop é experimentar e sempre entender que estilos nós vamos fundir para fazer o nosso. Tive que entender o que fazia de mim a Lady Leste, tem tudo para ser uma das maiores eras da minha carreira, uma energia, uma sensação que quero transmitir”, conta.

Ela também contou que quer assumir o nome Lady Leste. “Não vou ligar se me chamarem de Lady Leste, acredito que foi através de entender todas as sonoridades que me levam de volta para a Zona Leste. Ele tem esse clima nostálgico, remete a adolescência”, diz. 

“Lady Leste evoca o pop, a coisa divertida, mas também traz as pessoas para dentro, para casa, falo do lado leste de São Paulo, do meu coração, da minha família, de como elas podem coexistir. Ao mesmo tempo que trago a pessoa para meu contexto, minha vida, trago de uma forma grandiosa”, conta.

Glória também diz que se inspirou nas Ladys da vida, que sempre a inspiraram. “A Lady Leste é fruto de minha imaginação fértil. Não é de hoje que penso isso. Na minha vida, bom, na minha vida teve a Gaga, que mudou minha vida, a Night, da Tatá Werneck, que amo muito, então falei: ‘se uma é gaga, outra night, eu sou a Leste'”, diz.

Glória diz que Daniel do passado seria um ‘Groover’

Glória Groove no clipe BONEKINHA
Reprodução/Rodolfo Magalhães

Glória Groove no clipe BONEKINHA


Lembrando do passado, Glória comentou que se o Daniel de 15 anos visse quem é hoje, estranharia, mas seria fã. “Acho que meu eu de 14, 15 anos, que vivia na lan house e no rolê de porta de shopping teria muito orgulho de mim, seria muito fã, pensaria que eu apliquei muito bem as referências que vivemos”, diz.

“Na época eu não tinha como imaginar como a arte drag faria com minha cabeça, um eu muito novinho poderia ver e ter preconceito e pensar ‘nossa será que é sobre isso?’. Lembro de quando eu era criança e não conseguia identificar, eu tinha essa ressalva, meu eu jovem poderia estranhar, mas ele seria um extremo groover”, diz. 

Sobre o álbum, Glória diz que foi uma forma de se resgatar de momentos sombrios que o país vive. “Inventei a Lady Leste para me salvar, de forma que eu quero me imaginar maior, é resultado dessa esperança, de ter um mundo ali na frente para mim, para ela, uma sensação de renascimento, de que eu estou aqui e sei do meu lugar”, comenta. 

Fonte: IG GENTE

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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