PONTE DO PEQUERÊ NA ORDEM DO DIA
Na noite de quinta-feira (13) a ACBP – Associação Comunitária do Bairro Perequê realizou a Primeira Reunião ampliada com organizações sociais e moradores das cidades de Porto Belo e Itapema para discutir a situação da interdição da Ponte do Rio Pereque, que liga os dois municípios. As pessoas presentes manifestaram indignação com o fato de a população ser surpreendida da noite para o dia com a interdição total da Ponte. Isso causou transtornos imensos aos moradores, comerciantes, trabalhadores e estudantes, colocando em risco diversos comércios locais. A vida de famílias inteiras foi impactada sem nenhum aviso ou medida prévia por parte do Poder Executivo das duas cidades.
POVO REUNIDO DECIDE
Concluiu-se daí, que a interdição da Ponte do Rio Pereque apenas trouxe à tona os gargalos infraestruturais da nossa região, sobretudo na área de mobilidade urbana. Entre os encaminhamentos, ficou decidida a criação de um Comitê Permanente de Mobilidade; uma Audiência Pública com a participação de representantes políticos das duas cidades para prestar informações a população; solicitação para que o Ministério Público coordene o diálogo entre os representantes e a possibilidade de uma nova manifestação popular.
Além da população de Porto Belo e Itapema, estavam presentes membros da ACITA, do CDL Porto Belo, da AMACPB, do SITICOM e do SINDIHOTEIS.
NOTA DA REDAÇÃO: De fato, isto está ocorrendo porque uma briga de cachorro grande vem colocando frente a frente a Prefeita Nilza e o presidente Paulinho, da AMFRI. Cada qual puxando para seu lado esse “cabo de guerra”. Enquanto isso, o povo que se utiliza daquele local (Ponte) para melhorar seus comércios ou simplesmente para seu ir e vir diário, mais uma vez fica a ver navios, ou no “mato sem cachorro”, literalmente, tendo que ficar ouvindo a ladaínha de ambos os lados sem nada poder fazer. Até quando, senhores, esta briga vai se estender parta que os problemas da Ponte sejam resolvidos? Devo lembrar, senhores e senhoras, que ainda não estamos em ano eleitoral (isto será só no ano que vem) para que as brigas comecem a fervilhar nesta parte do Estado. Ou estou errado?
PORTO BELO APRESENTA LAUDO POSITIVO PARA LIBERAÇÃO DA PONTE DO PEREQUÊ
O novo laudo contratado pelo Município de Porto Belo sobre a Ponte do Rio Perequê, que divide Porto Belo e Itapema, é positivo para a passagem de veículos leves (ou até vans), pedestres e ciclistas. Trata-se de um laudo estrutural, diferente dos apresentados até então, todos visuais. Nesse primeiro momento, serão tomadas algumas medidas exigidas pela empresa responsável pelo laudo, para reforço da estrutura.
A Administração Municipal, que iniciou a gestão de Porto Belo em junho de 2022, tinha conhecimento da situação estrutural da ponte, mas recebeu com surpresa nas últimas semanas o laudo apresentado pela Defesa Civil do Estado através do Município de Itapema, solicitando a interdição total. O Município não teve escolhas, em primeiro momento, de intervir sobre o fechamento, mas após a decisão, considerada emergencial, Porto Belo iniciou uma corrida contra o tempo buscando outras alternativas para evitar ainda mais transtornos para a população.
A empresa Calcam Engenharia de Projetos e Soluções, que fez o laudo estrutural, teve acesso ao projeto original da ponte e considerou nos cálculos todas as camadas de ferros internas, que não são possíveis de identificar em laudos visuais. A empresa contratada por Porto Belo considera matematicamente possível a passagem de veículos leves, usando a faixa central e limitando peso, altura e velocidade. A contratação para a elaboração do laudo teve apoio da comissão de assuntos relacionados à ponte, que reúne Poder Executivo, Legislativo e representantes de empresários e construtores da cidade.
A ponte sobre o Rio Perequê foi projetada em 1979. O laudo mostra que, apesar do dano estrutural, não são observadas fissuras/trincas de flexão e cisalhamento, indicando a possibilidade de a armadura remanescente absorver os esforços de peso próprio. O laudo considera as normativas da época em comparação às normativas atuais. Os coeficientes de segurança da época eram maiores e a consideração à fadiga do aço muitas vezes acarretava quantidades excessivas. De qualquer forma, a quantidade de armadura existente na obra é maior que a necessária.
Após a realização dos reforços estruturais, será realizado um monitoramento a cada três dias e a passagem será liberada por um prazo de quatro meses, sendo após este período necessário ser feito um novo estudo.
Porto Belo agora trabalha na contratação de uma empresa apta a realizar os reparos para reforços e após este trabalho ser realizado, inicia o processo para a liberação da ponte.
A ponte sobre o Rio Perequê, que divide Porto Belo e Itapema, foi executada há 40 anos. Sabe-se que na época da construção o controle tecnológico do concreto, aço e demais componentes era menos rigoroso que atualmente. A avaliação feita pela empresa neste novo laudo leva em consideração que a obra foi realizada de acordo com o projeto em sua totalidade, tanto na disposição da quantidade em posição das barras de aço necessárias, quanto na capacidade resistente no concreto utilizado. É fundamental que seja mantido o monitoramento ininterrupto, seguindo orientações que constam no laudo.