SIMULADOR FOI LANÇADO NO PLAY STORE EM ABRIL
“Simulador de Escravidão”, criado pela MagnusGames, coloca o jogador no papel de um senhorio de escravos, o que gerou revolta e banimento.
Lançado na Google Play Store em abril, o jogo “Simulador de Escravidão” acumulou inúmeras críticas e até mesmo comentários racistas em sua página. O jogo coloca a pessoa no papel de um dono de escravos, onde ela terá que administrar a venda e compra deles, além de permitir punições com agressões e tortura.
O jogo também permite que o jogador seja um senhorio tirano ou libertador. Isso significa ter escravos ou lutar pela abolição deles. O jogo acabou banido por conta da enorme repercussão.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação contra o Google por permitir a disponibilização de tal conteúdo na plataforma. Junto disso, também há investigações contra usuários que escreveram comentários racistas nas avaliações. Um deles pediu por “mais opções de tortura”.
— O que chama atenção são as pessoas que baixaram e comentaram, com aspectos muito prováveis de um racismo muito escancarado e comentários indefiníveis em termos de gravidade e horror, que ferem qualquer parâmetro de civilização. Esse tipo de coisa travestido de entretenimento é ainda pior – disse a promotora Maria Fernanda Pinto.
O Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (GECRADI) apura se a verificação do Google, para permitir a disponibilização do jogo, foi feita por robô ou humano.
A MagnusGames, criadora do jogo, é uma desenvolvedora da Malásia. O MP-SP investiga se eles possuem uma unidade no Brasil, pelo fato do jogo possuir tradução completa para o português. Portanto, o caso pode tomar proporção internacional.
Há informações de que o Ministério da Igualdade Racial deve se encontrar com representantes do Google ainda esta semana.