A corrupção segue firme e forte nos corredores da política, os resultados das urnas ainda não foram o suficiente para pedagogicamente afastar este grande mal da vida dos contribuintes do Brasil. Recebemos desde o início deste ano/2019, inúmeras denúncias contra “políticos” que ainda utilizam da velha política para se locupletar dos recursos públicos (propina). A entidade ONG Olho Vivo – Organização do voluntariado para o combate a corrupção no Brasil – deve entrar em cena e seguir fazendo seu trabalho de fiscalização e combate a corrupção levando ao conhecimento do judiciário as evidencias e reclamando o cumprimento da Lei.
Não estamos vendo na prática os efeitos da mudança, a esperança seria que com a vitória de Jair Bolsonaro, produzisse efeitos no caráter da vida política, pública e social da sociedade. Infelizmente não, mostra o Painel, da Folha, que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) embolsou, dia 28 de dezembro, assim como o pai, Jair Bolsonaro, r o auxílio-mudança de R$ 33,7 mil pago pela Câmara todo fim de legislatura. Antes as críticas surjam informamos que a Olho Vivo, foi fundada pela jornalista, José Santana, em 2004 e tem por princípio o trabalho voluntário, não aceitar subvenções públicas, sua ficha é limpa, tem seu histórico muitas ações e denuncias contra malfeitos em todas o território nacional, sua página na internet http://www.olhovivobr.org/ recebe inúmeras denúncias de corrupção em órgãos das administrações públicas.
A Olho Vivo, está preocupada com o enfraquecimento da Lava Jato, uma ferramentas importantes criada para o combate a corrupção. A nossa manifestação é no sentido de alertar a sociedade sobre a forma com qual o atual governo vem se comportando em relação ao sentimento de combate aos privilégios, corrupção política e empresarial.
A operação comandada por Moro desde março de 2014 chegou a figuras como o ex-presidente Lula, condenado pelo juiz e atualmente preso, e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A prisão de Lula o impediu de concorrer à Presidência neste ano, em um pleito que acabou vencido por Jair Bolsonaro (PSL).
Defendemos que a operação lava-jato se desloque do governo, ela tem que seguir independente e soberana. Considerando advertência do cientista político italiano Alberto Vannucci, Moro ao assumir o Ministério da Justiça tomou uma decisão “muito perigosa” tanto para o juiz Sergio Moro quanto para quem o convidou para a pasta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Vannucci, foi além da advertência, em sua entrevista à imprensa, o cientista que estuda a operação Mãos Limpas italiana, afirma que havia fortes argumentos para o juiz ter recusado o convite. “Os cidadãos que pensavam que havia uma motivação política por trás da Operação Lava Jato vão pensar o que agora, senão que estavam corretos?”, questiona.
A Olho vivo, considera a oportunidade que o país pode estar deixando passar a passos largos a sua frente. A lava jato é uma poderosa arma que a sociedade brasileira tem em desfavor da ilicitude, deve estar acima de qualquer interesse, deve prevalecer a sua isenção e sua atuação não pode ser ficar nas mãos do Governo Federal ou de qualquer Ministério, ela tem que seguir na responsabilidade do Ministério Público Federal e controlada pelos dos olhos da sociedade, da imprensa e dos órgãos reguladores.
O Ministro Sérgio Moro é um político, está a serviço do governo, em um cargo de confiança para fazer gestão e cumprir as metas do plano de governo de Jair Bolsonaro, portanto, a operação lava jato tem que seguir sua missão, inclusive de apurar todas as evidencias de crimes nos governos anteriores, bem como no atual governo. Para isso tem que ser independente, livre e soberana. Ou todos estes trabalhos e resultados seguem o roteiro inicial ou ser perderá o abjetivo pedagógico e cultural que as repercussões da operação lava jato registraram no tecido social e no imaginário da sociedade a imagem de que a corrupção é um câncer maligno que corroei os principais fundamentos das liberdades colocando em risco o estado de direito.
“Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas pelas quais se limpam com ele”. Conde Von Noble
José Santana
Jornalista e fundador da ONG Olho Vivo