domingo, março 16, 2025

NOTA DE REPÚDIO DO MINISTÉRIO DO ESPORTE: RACISMO NO FUTEBOL – CHEGA DE BRAVATAS, É HORA DE AÇÕES CONCRETAS

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Da redação: O combate ao racismo no futebol não pode ficar no campo da bravata e do faz de contas. É preciso romper o ciclo de indignação passageira seguida de inação. O caso de Luighi e dos jogadores do Palmeiras Sub-20 não é isolado; brasileiros há décadas são humilhados em estádios sul-americanos, chamados de “macacos” e alvos de ofensas racistas covardes.

O posicionamento do Ministério do Esporte é firme e necessário diante de mais um caso de racismo no futebol sul-americano. O episódio envolvendo os jogadores do Palmeiras Sub-20, especialmente o atleta Luighi, na Copa Libertadores da categoria, reforça a urgência de medidas efetivas contra a discriminação no esporte.
Não basta apenas repudiar. O racismo no futebol tem se repetido com frequência alarmante, e as punições ainda são insuficientes para coibir esses atos. A Conmebol precisa ir além de multas simbólicas e adotar sanções severas, como perda de pontos e exclusão de competições para clubes e seleções cujos torcedores ou membros promovam o racismo.
A luta contra o racismo deve ser uma prioridade, com punições exemplares, campanhas de conscientização e protocolos rígidos de resposta. O futebol, paixão mundial, não pode continuar sendo palco para crimes de ódio.
O Estado brasileiro tem o dever legal de representar seus cidadãos e agir contra agressões estruturais como essa. Não bastam declarações protocolares ou pedidos de investigação que, no fim, não levam a mudanças concretas. A Conmebol precisa ser pressionada a adotar punições exemplares, como exclusão de clubes reincidentes, perda de pontos e sanções esportivas reais. A CBF, por sua vez, deve assumir postura mais firme, exigindo medidas severas e não apenas discursos vazios de repúdio.
A estrutura do futebol precisa mudar. Não é admissível que o racismo continue sendo tratado como um problema secundário, algo a ser resolvido com multas simbólicas ou pedidos de desculpas formais. É necessário um compromisso real para erradicar esse comportamento selvagem, com ações efetivas dentro e fora de campo.
Que o caso de Luighi não seja apenas mais uma estatística, mas um marco para mudanças reais e eficazes. A pergunta que fica é: até quando o Brasil aceitará que seus atletas sejam atacados e humilhados sem resposta à altura? Se o Estado brasileiro realmente se importa, é hora de agir de forma enérgica e mudar esse cenário de impunidade.

Casos recentes de racismo no futebol sul-americano

Infelizmente, o caso de Luighi não é isolado. Outros episódios recentes evidenciam a persistência do racismo no futebol sul-americano:
•Vinícius Júnior (2023 e 2024): O atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, tem sido alvo recorrente de ataques racistas na Espanha, especialmente em partidas da La Liga. Em 2023, torcedores do Valencia foram flagrados chamando o jogador de “macaco”, e incidentes semelhantes se repetiram em 2024. O caso gerou grande repercussão internacional, com manifestações de apoio ao jogador e críticas à falta de punições severas por parte das autoridades esportivas.
•Gabriel Jesus (2016): Em 17 de março de 2016, durante uma partida da Taça Libertadores da América contra o Nacional de Montevidéu, Gabriel Jesus, então jogador do Palmeiras, foi alvo de atos racistas por parte de um torcedor uruguaio, que imitou um macaco em sua direção. A Conmebol multou o clube uruguaio em 10 mil dólares, evitando sanções mais severas.
•Jogadoras do River Plate (2024): Em dezembro de 2024, quatro jogadoras do River Plate foram detidas no Brasil após serem acusadas de insultos racistas contra um gandula durante um torneio. O incidente resultou na eliminação do River Plate e em uma suspensão de dois anos do evento.
Esses casos reforçam a necessidade urgente de ações concretas e eficazes para combater o racismo no futebol. Não podemos mais aceitar que atletas brasileiros sejam alvos constantes de ataques racistas sem que medidas firmes sejam adotadas para erradicar esse problema estrutural no esporte.

 

Nota de Repúdio:

Ministério do Esporte repudia atos racistas contra jogador Luighi

O Ministério do Esporte manifesta sua profunda indignação e repúdio aos atos de racismo sofridos pelos jogadores do Palmeiras Sub-20, em especial o atleta Luighi, durante a partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores Sub-20, realizada nesta quinta-feira (6), no Paraguai.
Reiteramos que o racismo é crime e não será tolerado em hipótese alguma. Este Ministério exigirá, junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), uma investigação rigorosa do ocorrido e a aplicação das sanções cabíveis aos responsáveis, conforme as normas vigentes. É imperativo que as leis sejam cumpridas com rigor para coibir e erradicar qualquer manifestação discriminatória no esporte.
Nos solidarizamos com os atletas afetados e com toda a comunidade esportiva brasileira, reafirmando nosso compromisso inabalável na luta contra o racismo e na promoção de um ambiente esportivo justo, inclusivo e respeitoso para todos.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

Leia íntegra de editorial link abaixo

Racismo no futebol: o Brasil é humilhado e precisa agir com firmeza no campo e na diplomacia

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Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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