O bem maior em mãos dominantes.
O que diferencia as situações e sujeitos bem sucedidos? Julga-se que a qualificação, assessoramento, melhor formação. Boas oportunidades, “visão” e sobre tudo vontade, capacitação e excelente gerenciamento, dirão.
A história se repete em trajeto de humanidade entre dominados e dominadores, comandados e comandantes. Até quando, perguntam, em maior número, hoje, boa parte de população.
As redes sociais, informação e desinformação, agilidade, quase que instantânea dos acontecimentos, fatos ou falácias, revolucionam ou agitam situações e mentes, equilibradas, em algum momento ou não, alienados ou a exigirem justiça social.
O estado permissivo, pernicioso que nos encontrávamos e alguns ainda estão, preocupa lideres ou conservadores que teimam em nada querer mudar, alias, querem, em realidade, manter seus privilégios corporativistas, grandes impérios excludentes, citarão os mais esclarecidos e informados, acharemos?
As grandes tragédias já não são ou nunca somente foram ambientais e naturais, pensarão. Carecemos de temperamento imperativo em atitudes democráticas, discernimento, politização, posicionamento social em prol de um coletivo politizado, não de imensa massa que trabalha a privilegiar pequena parcela que detêm, ainda, mando. Acharmos o equilíbrio nas relações é fundamental!
O que diferencia.
O que diferencia uma grande empresa privada de um governo?
Note-se que os complexos empresariais, grandes aglomerados privados, bem sucedidos, independem, muitas vezes, das “técnicas” ilícitas que possam empregar, em realidade são fruto de empreendedorismo, capacitação, qualificação, administração e visão gerencial, que contrata e capacitam melhores “classes em mão de obra”. Pergunta-se por que os governos não conseguem serem resolutivos e tão autossuficientes em mesmas condições de ambiente, trabalho e oportunidades. A certeza é de que tanto empresa como governo são compostas de pessoas. Será vontade de um e excesso de preciosismo de outro?
O capital especulativo pode ser uma das justificativas para melhor e maior eficiência?
Folga-nos a mente em satisfação o visualizar que boa parte de população, em diversas escalas de convívio social e politica estão a questionar, raciocinar, deixaram de serem escravos físicos e mentais, posicionam-se a exigir seus direitos constitucionais. Estamos evoluindo.
A quem interessa a privatização.
Se os bens são da humanidade, os naturais-deveriam- água principalmente, como nos permitimos a autorizar a privatização? Sim, pois, as leis são feitas por “homens”, e políticos são eleitos por nós. A ineficiência de gestão nos leva a dependência em vida?
Devemos qualificar os governos ou permitirmos que a iniciativa privada os “qualifique”? Eleger melhor, fiscalizar, participar e exigir ou alienar-se como servil?
A culpa é dos governos. Não, a culpa é nossa? Vivemos a transferir responsabilidades?
Sabido é que em uma democracia, sociedade organizada, leis existem para serem cumpridas. Quem cria, redige e executa estas leis? Homens e mulheres. Quem os elege- governantes- fornece mão de obra, publica ou privada? Nós!A pergunta que me faço desde tenra infância.
Como nos permitimos a permitir o domínio, gestão, condução, tarifação de um bem fundamental, essencial, vital, a água. Interprete-se, alguns, falta de capacitação, inadmissível, de gestores governamentais, visto que, se a empresa privada “consegue”, formada por humanos e máquinas, o ente publico deveria, por obrigação, ser mais competente, eficiente, gestor zeloso e resolutivo.
O Nordeste brasileiro.
É falta de capacidade ou conluio? O que estamos fazendo com e dos nossos “eleitos”, representantes, deveriam, serem resolutivos de nossos anseios e sonhos, necessidades? Será por acaso que o nordeste brasileiro, por muitos anos, foi pratica de miséria e seca, a quem interessava tal situação.
Perdoem-nos os executivos! A população clama por justiça, água é bem universal, deveria ser!
Se o Estado é feito por homens e mulheres que seja mais bem qualificado e resolutivo, deixe de nos parecer entender uma máquina de privilégios para poucos, a caverna e escravidão já passaram, será?
O “estado”, em vários sentidos de acepção da palavra, permissivo, pernicioso, parece-nos. O bem maior em mãos dominantes. Água, o que faremos?