*O jornalismo sério só pode ser exercido com paixão*
Uma frase de um leitor, nesta manhã, 07, me inspirou fazer essa homenagem a todos os profissionais da comunicação, o mundo precisa urgente descobrir mais jornalistas de vocação.
Fato é que a precarização do trabalho, os novos formatos, a transição do impresso para a velocidade das redes sociais impactaram na atividade, pouco foram os profissionais que conseguiram atravessar essa fase sem sofrer alguma espécie de danos, a inovação tecnológica e a instantaneidade transformaram de qualquer um, com um celular em mãos uma espécie de repórter, dar a notícia em primeira mão, não tem mais uma concessão jornalística, ela foi extensivamente democratizada.
Todos podem dar uma notícia, contudo, o que diferencia, significativamente, do jornalista é apuração das informações e das suas circunstâncias, as versões dos fatos com precisão são imprescindíveis para os usuários de uma notícia isenta e imparcial.
Este conjunto que engloba a seriedade e a ética é a máxima que fundamenta o sacerdócio dos atos do profissionalismo e por essa razão se cobra ética, responsabilidade técnica, sobretudo, fidelidade ao público e aos leitores de um fato a notícia, doa a quem doer! Ser jornalista está acima do desejo de Ter, de posse.
Para exercer esta atividade demanda inteligência, sagacidade, sabedoria, visão fora dos ângulos convencionais do cotidiano, requer a necessidade de muito banco escolar e acadêmico, disciplina, ser um fiel estudante da linguagem em todos os tempos, conhecer de legislação como um intérprete da Lei, estar constantemente atualizado em todo tempo da história, dos lançamentos imediatos e das inovações, não um, mas, dez passos à frente do tempo.
Ser humilde, ouvidor e sobretudo estar pronto a todo tempo para vivenciar todos os conflitos sem se abalar ou tomar partido, ser tão frio com uma pedra, mas, tão prudente como uma serpente para não fazer o papel de julgador e de juízo do fato, esta é se não a parte que leva a maioria dos profissionais a quebrarem o decoro e a ática, assumir para si o fato e cometer o terrível equívoco de opinar, o que cessa quaisquer, possibilidade de isenção.
A todos os leitores, amigos, saibam, que exercer esta atividade é um desafio diário, monstro e que exigem de cada profissional ativo e com registro sobreviver a desconfiança, a precarização, as Fake News, as ameaças, os atentados, processos, as calúnias e toda sorte de obstáculos para afastá-los da essência e da missão divina e espiritual de manter a sociedade informada.
Este profissional, ante tudo aqui dito, é uma espécie de vanguarda da sociedade, um elemento, que é sempre lembrado quando as pessoas se veem sozinhas, abandonadas sem ter onde se apegar quando surge um profissional isento e comprometido e resgata os fatos, desnuda as desinformações e mobilizar as forças para ouvi-las em suas expectativas.
Ser jornalista é Ser o portador do fato, não se fabrica um jornalista, ele vem pronto do espaço-tempo, é um dom noticiar o fato e elevar a cultura da verdade.
O profissional precisa ser altamente criativo, dotado de uma série de critérios do tempo e ser atemporal e pragmático. Além destes adjetivos, ser um sacerdócio, este tipo de profissional fica conhecido como aquele que não negocia uma vírgula para distorcer os fatos, custe o que custar, às vezes pagam com bem maior, a vida, são taxados, vistos como pessoas ingratas e inimigo dos malfeitores. “O jornalista é apuração da verdade, o portador da notícia e não o autor do fato e julgador das consequências”
Finalizo esta saga, pedindo sempre perdão aos que foram e serão por alguma razão pauta na minha trajetória profissional, digo assertivamente, que para exercer essa nobre atividade, sempre faço como um eterno aprendiz, por esta razão, o jornalista deita, dorme e acorda inspirarado: *”o jornalismo que vivencio é 1% de inspiração e 99% de transmutação”* somos um organismo em um sistema que nos “empareda” a cada instante, sem dar uma trégua, a sua frase, Vilmar: *”o que ultimamente tá bastante raro, jornalista sério e ético muito pouco”* repito de @Vilmar BASTOS, me rendeu esta nobre oportunidade de desdobrar nesta data, em que se comemora a liberdade de imprensa e jornalística do jornalista, o 07 de abril!
José Santana