Pia Sundhage atinge um ano na seleção feminina e quer final olímpica

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Pia Sundhage completa, nesta quinta-feira (30), um ano no comando da seleção brasileira de futebol feminino. A sueca, de 60 anos, assumiu o cargo no lugar de Vadão, que deixou o cargo após a Copa do Mundo do ano passado, na França. A técnica chegou credenciada, principalmente pelo bicampeonato olímpico dirigindo os Estados Unidos (2008 e 2012), superando o Brasil na primeira das finais, em Pequim, na China.

Ela também derrotou as brasileiras na semifinal olímpica de 2016, no Rio de Janeiro, pela Suécia (na ocasião ficou com a medalha de prata). Em Tóquio, desta vez no comando da seleção canarinho, Pia terá a chance de compensar os dissabores anteriores e, de quebra, chegar à quarta final de Jogos Olímpicos consecutiva na carreira.

“Daqui a um ano competiremos pela medalha de ouro na Olimpíada, no Japão. Estaremos preparadas. Eu, minha comissão técnica e as jogadoras brasileiras. Daremos o nosso melhor, prometo. Estive em uma final olímpica antes com a seleção dos Estados Unidos e da Suécia, e adoraria voltar com a ajuda de meus novos amigos”, declarou a técnica em vídeo da CBFTV. “Estaremos prontas para os seis jogos até a decisão”, completou.

De 30 de julho de 2019 para cá, Pia dirigiu as brasileiras em 11 jogos, com seis vitórias, quatro empates e apenas uma derrota (em 7 de março deste ano para a França, na casa das rivais, em um torneio amistoso). No período, foram 26 gols marcados e apenas cinco sofridos. Entre os resultados, destaque às quatro goleadas do período (5 a 0 na Argentina, 4 a 0 no Canadá e 6 a 0 e 4 a 0 no México) e à vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, atual vice-campeã mundial.

A treinadora convocou 46 jogadoras diferentes até agora, utilizando 43 delas. A atacante Debinha, com seis gols, é a artilheira da seleção sob o comando da sueca. Por ora, o contato entre Pia, atletas e comissão técnica é principalmente em inglês, mas ela vem treinando o português. No depoimento gravado à CBFTV, mesclou frases nos dois idiomas.

“Tenho um trabalho fantástico. É diferente de outros que tive, porque treinar fala muito sobre comunicação e, infelizmente, não falo português. Como treinadora dos Estados Unidos, sempre falava soccer. Na Suécia era fotboll. Agora no Brasil, tento aprender a falar futebol. No país do futebol, tenho jogadoras experientes e técnicas. Além disso, estou com pessoas acolhedoras e, de verdade, acredito que podemos ter uma postura positiva para o futebol feminino”, afirmou.

A pandemia do novo coronavírus (covid-19), além de postergar a Olimpíada para 2021, cancelou jogos com os quais Pia contava na preparação olímpica. Entre eles, um amistoso com as norte-americanas, atuais bicampeãs mundiais, que seria em abril. Por conta do vírus, a técnica está na Suécia, mas, mesmo à distância, segue trabalhando com a seleção.

“Neste período que não temos jogos, estou estudando pelo computador nossos jogos repetidas vezes, analiso também os dados das partidas, reavaliando nossos números. Coloco um sorriso no meu rosto em todos os momentos quando marcamos um gol. Também participo de reuniões com minha equipe, com os técnicos das seleções sub-20, sub-17 e com as jogadoras. Elas têm muita energia, damos muitas risadas. Estamos tentando manter o time unido”, concluiu.

Edição: Fábio Lisboa

Redação
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