POA: SAIBA O DESTINO DOS AUTOMÓVEIS ABANDONADOS E DESTRUÍDOS PELAS ENCHENTES NO RS

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Um dos desafios será o gerenciamento desses veículos, amontoados nas cidades afetadas pela tragédia

Carros submersos durante as enchentes no Rio Grande do Sul — Foto: Carlos FABAL / AFP.

Salvar a vida de pessoas e animais ainda é a principal preocupação nas cidades afetadas pelas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul. No entanto, quando as águas baixarem e os moradores estiverem em segurança, chegará o momento de reconstruir. Nas imagens da tragédia, milhares de carros aparecem submersos em estacionamentos, nas ruas ou arrastados pela correnteza, e eles vão precisar de um destino.

O QUE SERÁ FEITO COM O ‘MAR DE CARROS’?

Nos municípios onde o nível dos rios baixou, os carros surgem de cabeça para baixo, pendurados em cercas de casas ou escorados nas paredes de casas. Um dos desafios será o gerenciamento desses veículos destruídos e amontoados que as enchentes deixaram para trás.

Carro submerso em Eldorado do Sul — Foto: Edilson Dantas / O Globo.

O caminho para solucionar o problema pode ser traçado por meio da experiência em outras grandes catástrofes naturais. Primeiramente, os veículos devem ser removidos das áreas inundadas. Este processo exige uma logística complexa, uma coordenação com maquinário pesado e múltiplos órgãos governamentais e de emergência. Após a remoção, os veículos serão levados para locais onde serão avaliados, onde deve ser realizada uma drenagem dos fluidos, para evitar a poluição do solo.

Os carros são inspecionados para determinar se podem ser recuperados ou se são considerados perda total. Os veículos irrecuperáveis, muitas vezes, são enviados para reciclagem. As peças úteis devem ser removidas, e os materiais recicláveis separados para minimizar o impacto ambiental. Componentes perigosos como, baterias e fluidos, devem ser descartados de forma segura.

Nove de dez rios monitorados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul estão acima da cota de inundação, de acordo com os dados hidrológicos do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS).

OUTRAS CATÁSTROFES

Relembrando: Após o Furacão Katrina, em 2005, mais de 400 mil veículos foram afetados pelas águas na cidade de Nova Orleans e outras áreas da Costa do Golfo do México nos EUA. Uma operação gigantesca foi realizada pararemover os carros submersos do local, com veículos sendo tirados e encaminhados para reciclagem devido a danos irreparáveis.

No Japão, no tsunami de 2011 milhares de veículos foram arrastados pela força do mar. A tragédia destruiucerca de 383 mil automóveis. Um ano depois, cerca de 37 mil carros ainda aguardavam reciclagem, amontoados nas províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima.

SEM PREVISÃO

Carro é visto coberto de água, em rua completamente alagada em Porto Alegre — Foto: Max Peixoto/DiaEsportivo/Agência O Globo.

No Rio Grande do Sul, ainda não se tem previsão da quantidade de veículos afetados, e nem da do estrago nos veículos. A identificação dos proprietários dos carros deve ser uma prioridade quando as atividades começarem a ser retomadas nas cidades. A preocupação com o meio ambiente é central neste processo. A gestão adequada dos veículos não só limpa e protege as áreas afetadas, mas também previne problemas ambientais adicionais.

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Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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