BRASIL REGULA ABATE E PROCESSAMENTO DE ANIMAIS PARA MERCADO RELIGIOSO

A diversidade religiosa no Brasil é refletida diretamente na alimentação e no consumo da população, que, somadas à expansão das exportações de produtos de origem animal para países asiáticos, criaram um mercado específico e cheio de potencial: o do abate religioso de animais para o açougue.

POR QUE TODOS QUEREM SE TRANSFORMAR NUMA BALNEÁRIO CAMBORIÚ?

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Talvez porque temos que aprender com os acertos, não com os erros do passado. Ao contrário, uma certa ignorância nosssa aponta as falhas eternas que temos naquilo que é básico em nossas cidades. No entanto temos que perguntar, isso mostra de fato que ainda somos vanguardeiros dessa ignorância? Invariavelmente, o Brasil tem ocupado os primeiros lugares nesse pormenor. Culpa disso são as políticas públicas mal aplicadas no país. Mas, a pergunta que não quer calar e esta: Isso justifica a bola da vez no maltratado litoral de Santa Catarina onde a especulação imobiliária bate sucessivos recordes? Balneário Perequê que o diga, pois ele pode vir a ser o próximo Balneário Camboriú! Pelo menos é o retrato, hoje, do que pensam seus moradores e principalmente os empresários da Construção Civil que demandam para cá.

Perequê também quer ser uma Dubai?

O Litoral de Santa Catarina tem se transformado nos últimos 30 anos em um verdadeiro paraíso da especulação imobiliária. Quando conhecemos o litoral de Santa Catarina, ficamos abismados com o crescimento, especialmente o crescimento vertical da construção civil. Antes, só se ouvia falar em um suposto ‘paraíso’ tropical no litoral catarinense. Mas, ao conhecê-lo e estudá-lo, ficamos horrorizados com a especulação imobiliária detonando quase todas as suas praias.

VEJAMOS O CASO DE FLORIPA

O IDH de Florianópolis é o terceiro maior do País, 0,847. Contudo, o que dizer de Jurerê Internacional, onde a especulação deu as mãos para a ostentação? E como justificar a aberração do litoral, a cidade de Balneário Camboriú, o quarto maior IDH, 0,845? Mas, o rastro de destruição da especulação pela construção civil também pode ser analisado em Garopaba, outra praia vendida como ‘paraíso’. E não pensem que fica só nisso. Ainda na contramão do bom senso seguem as praias do Campeche, Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, praia dos Ingleses, e até mesmo o Cabo de Santa Marta. Todas barbarizadas pela especulação. Todas já exploradas ou na fila de espera para tal…! Especulação não perdoou nem o Cabo de Santa Marta. Do mesmo modo, Itajaí também segue a trilha de Balneário Camboriú. Nesse caso, o prefeito Volnei Morastoni é quem comanda o esquema especulativo que imita o vizinho com seus prédios que impedem a insolação.

SOMOS OU NÃO, IGNORANBTES?

É inacreditável como insistimos em não aprender com os erros do passado. A ignorância crescente sinaliza as falhas eternas da educação básica em nosso sempre lindo e belo Litoral. Estamos ou não na ‘vanguarda’ da ignorância, como demonstra estudo recente sobre o setor? Desde 2012 o estudo da Ipsos demonstra os Perils of Perception (Perigos de Percepção em Português), ao explorar a lacuna entre o que as pessoas vêem e a realidade. Invariavelmente, o Brasil ocupa os primeiros lugares. Mas será que isso ‘justifica’ a bola da vez no maltratado litoral de Santa Catarina onde a especulação imobiliária bate sucessivos recordes? Balneário Perequê quer ser mesmo o próximo Balneário Camboriú?

Nadando em meio à sujeira

Não é incomum nesses ‘paraísos’, que os veranistas nadem em meio às próprias fezes. A estação do Verão chega, vai embora, outro ano vem e pe a mesma coisa, explode surtos de diarreia, como desta vez em Florianópolis e boa parte do litoral. Praia dos Ingleses tem esgoto a céu aberto. Outras praias têm esgoto escorrendo em meio aos banhistas. No início deste ano, com a estação do Sol mal começando e milhares de argentinos lotando hotéis e pousadas, especialmente na Capital, BC, Itapema etc., o Estado enfrentou e ainda enfrenta um surto de diarreia sem precedentes. O caso mais grave foi verificado em Floripa, onde a prefeitura chegou a classificar a situação como uma ‘epidemia’.

E Balneário Perequê, hein?

Localizado próximo ao centro de Porto Belo, conhecida como a capital catarinense dos transatlânticos, Perequê igualmente vem se destacando no mercado imobiliário. Com belezas naturais incríveis e muita qualidade de vida, a região atrai um contingente enorme de pessoas que desejam investir e até mesmo morar nesse pequeno e belíssimo paraíso. Inclusive, o local se tornou referência de investimento imobiliário, tanto no cenário regional quanto nacional, principalmente devido ao desenvolvimento da economia de maneira sólida e contínua, que vem transformando toda esta região do estado catarinense. O balneário é um bairro de Porto Belo que dista 72 km de Florianópolis, com população de 27.726 mil habitantes, mas, que a continuar assim, logo, logo chega a 40, 50 mil ou mais…

O QUE DIZEM OS EMPRESÁRIOS?

No entanto, apesar de todos os entraves, a chamada dos empresários do setor para os investimentos imobiliários não informam que as praias de Porto Belo e do Perequê estão impróprias para banho por falta de saneamento básico (Informação é do IMA – Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina). Além desse detalhe, a Famap – Fundação do Meio Ambiente de Porto Belo também se manifesta explicando que “estudos para implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto estão sendo realizados e tão logo estejam concluídos, o município fará a concessão dos serviços a exemplo do que fazem boa parte dos municípios brasileiros, a partir do recente marco regulatório aprovado pelo Governo Federal”.
Por outro lado, enquanto os estudos para implantação de coleta e tratamento de esgotos estão sendo realizados, sites que instigam a especulação imobiliária não param de alardear que o desenvolvimento trazido por esse tipo de mercado tem unido as belezas naturais de nossas praias, com muita qualidade de vida. Balneário Perequê tem se tornado referência de investimento imobiliário no cenário regional e nacional, sendo, sem sombras de dúvida, uma das grandes apostas das construtoras e demais empreendimentos econômicos que promovam o crescimento dos bairros de Perequê e o aumento das possibilidades para quem escolhe morar em uma das regiões que mais crescem em Santa Catarina.’
Indiretamente, contudo, eles confirmam que a especulação corre solta. A alta do mercado imobiliário no litoral de Santa Catarina, em especial na região de Porto Belo, tem atraído novas empresas de diversos setores para a região. Especialistas em mercado imobiliário apontam que a valorização recorde do Perequê (ficando atrás apenas de Balneário Camboriú, Itapema, Canasvieiras e outras praias famosas da Capital, na valorização do metro quadrado), somando-se a investimentos de parte das construtoras, vai tornar o local na melhor e mais atrativa praia do litoral catarinense.’

Balneário Camboriú

Por sua vez, Balneário Camboriú tem sido o chamado de “paraíso” dos Jecas Ricos e dos Muito Ricos (veja recente apresentação de carros de luxo, valiosíssimos, na cidade, ocorrida a uma semana). Se você está preocupado com a possível falta de insolação no Perequê, como vem ocorrendo em Balneário Camboriú, não se preocupe. Autoridades informam que ‘associado ao projeto dos molhes (no rio Perequê) está o projeto de engordamento da faixa de areia do Balneário. Por último, pergunta-se: por que o poder público deve investir em saneamento básico, coleta e tratamento de lixo, além dos serviços de água e esgoto, se mesmo sem esses atrativos milhares de pessoas adoram vir para cá e ficar espremidas como sardinha em lata, nos ‘paraísos’ da costa de Santa Catarina, em praias que vão desde esta região até Piçarras, Barra Velha, Penha etc…? Resposta: porque todos têm direito a vir para cá, e tem todo o conforto nesse tempo. Afinal, são os turistas que deixam aqui seu dinheiro. Dinheiro que movimenta nossas economias. E também porque cidades sem infraestutura necessária, não anda, marca passo!!!

Por Marcel Fernandes
FOTO: Divulgação

Redação
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Portal do notícias Folha do Estado especializado em jornalismo investigativo e de denúncias, há 20 anos, ajudando a escrever a história dos catarinenses.
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