ENTENDA A NARRATIVA
O senhor Louis Carlos Soares em contato com a reportagem da Folha do Estado fez a seguinte narrativa sobre um fato que, segundo disse, aconteceu com ele em um hospital da região: “Sofri um acidente em um trabalho que estava fazendo. Acabei me cortando com uma maquina e fui para hospital de Porto Belo onde levei alguns pontos e fui informado que teria de ir ao hospital Marieta de Itajaí, pois segundo me disseram será necessária uma intervenção cirúrgica. No dia 10 de julho dei entrada no hospital onde passei por uma cirurgia no punho. Fiquei la de sexta até segunda-feira quando passei pela cirurgia e fui liberado em seguida. Me entregaram um papel e disseram que eu teria que voltar em 10 dias. Quando retornei falaram que teria que fgazer novo agendamento para ser atendido. Conseguiram me agendar, mas para dali a 15 dias. Voltei lá para tirar os pontos e a tala. Ao tirar viram que havia uma infecção no local. Então mepassaram alguns medicamentos que acabei tomando, mas nada de sarar. Voltei outra vez no Marieta e fui avaliado novamente. O médico falou que nao tinha nada errado, que era só continuar com os medicamentos. Voltei pra casa e fiquei mais um tempo e nada de sarar. Como estava tudo alagado em Itajaí, nao tinha como ir até lá. Então fui em tijucas onde havia um médico de plantão que realizou uma pequena cirurgia no local para tirar a parte inflamada que estava demais. Voltei pra casa e nada de sarar. Novamente fui até o Marieta. Na consulta falei com o médico que tinha ido ao hospital de Tijucas e ele perguntou porque não voltei lá, onde havia iniciado a cirurgia. Ele disse: “vamos te internar, vai ficar de 15 a 30 dias tudo dependendo da melhora. Até aí tudo bem. Quando dei entrada da sala para a cirurgia entreguei meus pertences e falei que precisava do celular para avisar minha esposa e também a chave do carro. Para alguém buscá-lo após a cirurgia. A mulher falou “pode ficar tranquilo”. Assim que estiver no quarto entregaremos teus pertences. Já no quarto, pedi para as enfermeiras trazerem meus pertences. Elas disseram que haviam perdido. Eu aleguei que precisava poque precisava tirar o carro de lá pra não ser multado. Então elas disseram: Sentimos muito, mas teu carro já foi guinchado”. Mas como, perguntei, se eu não o coloquei em lugar indevido. Enprestei o celular de um paciente que também estava lá, pra falar com minha esposa. Ela ligou no hospital onde lhe disseram que teria que ir buscar seus pertences. Ela foi. Chegando, lhe informaram que haviam extraviado e que estavam tentando localizar a fim de devolver. Minha esposa então falou: “não sei de nada, preciso das chaves do carro”. Por fim a enfermeira falou que acabaram achando, que as chaves estavam com uma coordenadora ou algo assim, mas que estava na chave, e que somente na segunda-feira seria possível pegar. À noite eu estava sonolento, quando veio uma mulher de preto e perguntou: “te entregaram as chaves e os pertences”? Falei que não. Ela disse: “meu Deus, tão loucos”, e saiu em seguida. Me levaram os pertences à noite. Pedi pra minha esposa ir buscar. Na terça a enfermeira perguntou com um jeito de deboche “e aí, guincharam teu carro”? Eu falei não, graças a Deus, e lá foi a enfermeira me fazer a injeção na veia. Mas a veia parecia estar entupida, pois o líquido não estava passando. Ela teve que trocar. Isso era por volta das 8h e ela me deixou até por volta do meio dia sem medicamento. Saiu dizendo que tinha que trocar, que já voltava, mas só depois de umas três horas ela retornou.
Atendeu todo mundo que estava lá no quarto e só após eu fui atendido. Ela perguntou se eu estava com dor, eu disse que não. Ela falou, então deixa este porque teu remédio tá todo atrasado. Vou colocar este que é para agora. Veio e me furou 6 vezes no braço até achar a veia e deixou a seringa ali passando o remédio.
Assim que ela saiu o remédio parou de passar. Disse para ela arrumar ela falou que era para esperar. Nisso o sangue foi entrando pela seringa, subindo na mangueira, misturando-se com o medicamento.
Fui até o balcão, pedi para me ajudarem, mas elas falaram que no corredor não era lugar para ficar com o medicamento. Falei que precisava de ajuda, mas elas nada falaram. Então voltei para o quarto, fiquei por lá um bom tempo e nada de vir alguém.
Voltei lá e novamente fui iguinorado. Foi ai que comecei ficar muito nervoso vendo o sangue subir para o medicamento e nada de ajuda. Fou quando veio uma enfermeira no quarto bem alterada e me chingando. Ai eu sai do hospital. Pela porta da frente. Sem nem atendimento ou impedimento e hoje faz dois dias que estou com dor e o hospital nem entrou em contato com minha família para ver se estou em casa ou se morri por aí em qualquer valeta.
Este é o relato de um paciente que estava no quarto, e que após sair ligou para a esposa clamando por ajuda.