Fica a pergunta: essas mortes poderiam ser evitadas?
Outra morte de bebê ocorreu no Hospital Municipal Ruth Cardoso na tarde desta quarta-feira (23), que veio se somar às duas ocorridas em agosto, e uma outra no mês de outubro, criando-se assim, uma fama tétrica para aquele que é o único hospital que atende pelo SUS em Balneário Camboriú.
Segundo informações preliminares, uma mulher grávida de 40 semanas havia procurado atendimento no hospital nos dias 21 e 22 de outubro, indo ao local em quatro oportunidades, relatando perda de líquido amniótico, sangramento e dores, mas foi mandada para casa em todas as ocasiões, sob a justificativa de que não havia dilatação suficiente para a internação.
Na manhã de ontem, quarta-feira, a mulher chegou novamente ao hospital já em trabalho de parto, que ocorreu dentro do automóvel da família, no estacionamento da unidade de saúde. O bebê veio à luz sem sinais vitais e, apesar das tentativas de reanimação, a morte foi confirmada.
QUAL SERIA A DESCULPA
A administração do prefeito Fabrício de Oliveira enviou nota a imprensa alegando, mais uma vez, que todos os protocolos foram seguidos, mas parece evidente que algum grave problema existe naquele hospital.
DIZ A NOTA:
A Prefeitura de Balneário Camboriú, por meio da Direção do Hospital Municipal Ruth Cardoso, lamenta profundamente o nascimento sem vida do bebê, ocorrido nesta quarta-feira (23). Nós nos solidarizamos com a dor da família neste momento de imensa tristeza e prestamos nossa total solidariedade.
Reafirmamos que o Hospital Ruth Cardoso segue, rigorosamente, todos os protocolos do Ministério da Saúde, conforme as diretrizes da Rede Cegonha, que prevê o acompanhamento constante das gestantes.
A partir de 40 semanas de gestação, as futuras mães são encaminhadas do acompanhamento de pré-natal para a maternidade de referência, onde são avaliadas e acompanhadas a cada dois dias. Caso a gestante não entre em trabalho de parto até a 41ª semana, é realizada a internação para indução do parto, conforme os parâmetros de segurança estabelecidos pela Rede Cegonha.
Em todos os momentos em que a gestante esteve na maternidade, os exames realizados indicaram que o quadro estava normal. A equipe médica seguiu todos os procedimentos recomendados e a gestante foi orientada sobre os sinais de alerta para o retorno imediato ao hospital, caso fosse necessário.
No momento da chegada da mãe em trabalho de parto, ela foi prontamente atendida por uma enfermeira obstétrica com experiência, que seguiu o protocolo de atendimento emergencial.
Reiteramos nosso compromisso com o cuidado humanizado e com a vida e informamos que todos os procedimentos serão apurados com a máxima transparência para garantir a qualidade e segurança no atendimento prestado. E nos colocamos à disposição da família para todo o apoio necessário.
Da Assessoria da Prefeitura
Foto: Divulgação