Decreto foi assinado pela governadora em exercício Marilísia Bohem
A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm, a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto e o Diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck assinaram na manhã desta quinta-feira, 22, o Decreto Emergencial Epidemiológico em razão da Infestação do mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina. O ato ocorreu na sede da Defesa Civil, em Joinville, um dos municípios mais afetados pela doença e que, até agora, registra o maior número de óbitos por dengue no estado.
O elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti; o elevado número de casos prováveis de dengue notificados quando comparado ao mesmo período de 2023; o registro de óbitos em decorrência da dengue e a ocorrência de eventos que apresentam potencial risco de extrapolação da capacidade de resposta, bem como de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual são as justificativas para que o Governo do Estado lance mão do instrumento.
A governadora do Estado em exercício, Marilisa Boehm ressaltou que o Estado de Santa Catarina está engajado no combate à dengue. “Vamos vencer essa doença, nós precisamos agora é a ajuda da população, sem essa ajuda não conseguiremos vencer o mosquito da dengue. Temos que estar emanados para combater o mosquito da dengue, então eu peço a toda a população a máxima colaboração. Joinville é uma cidade que chove muito, é uma cidade quente, então uma cidade propícia à multiplicação desse mosquito, então eu peço a toda a população que todos os dias deem uma olhada nas suas casas”.
Além da assinatura do Decreto de Emergência, foram apresentadas as peças da campanha de comunicação do Governo do Estado, que passou a ser veiculada nesta semana nas mídias online e offline, como: TV aberta e fechada, rádios, terminais, sites, jornais, redes sociais, busdoor, painéis externos e outros.
– O aumento de casos em relação ao ano anterior e o elevado número de municípios infestados pelo Aedes aegypti, a ocorrência de óbitos pela doença fazem com que seja necessário esse momento de mobilização. A importância de um decreto de emergência é facilitar as ações do governo do Estado em apoio aos municípios, para que a gente consiga ter um melhor controle do mosquito e também um atendimento adequado e rápido dos casos que a gente sabe que é a hidratação adequada desde o primeiro momento do diagnóstico, diminui a evolução para casos graves e mortes – enfatiza a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, o que representa um aumento de 650% quando comparado ao ano de 2023. Considerando o atual cenário, além do decreto de emergência e da intensificação das ações, é fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti. “Por isso, é preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça o diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck.
REUNIÃO DE TRABALHO
Na mesma ocasião também foi realizada uma reunião técnica de trabalho sobre o cenário epidemiológico da dengue na Macrorregião de Saúde Planalto Norte Nordeste, composta por Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville, São Francisco do Sul, Barra Velha, Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Massaranduba, São João do Itaperiú, Schroeder, Bela Vista do Toldo, Campo Alegre, Canoinhas, Irineópolis, Itaiópolis, Mafra, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Três Barras. Além dos representantes da Saúde, outras pastas do Governo do Estado e entidades de classe estavam presentes.
O objetivo da reunião foi alertar sobre o cenário da dengue na região, além de preparar os profissionais para o aumento de casos da doença neste começo do ano. A secretária Carmen Zanotto enfatiza a importância de todas as ações necessárias para a organização da rede de serviços de atenção à saúde. “As ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente”, alerta a secretária.
DENGUE EM SC: remessa com 15 mil doses chegou ao estado na noite passada
As primeiras 15 mil doses da vacina contra a dengue chegaram ao Estado de Santa Catarina na noite desta quarta-feira, 21, devendo nas próximas horas chegarem mais 14.100 doses, totalizando 29.100 na primeira etapa. Devido ao limitado quantitativo de imunizantes disponíveis, neste primeiro momento, segundo orientação do Ministério da Saúde, serão utilizadas para aplicação da primeira dose em crianças de 10 e 11 anos de 13 municípios da região Norte. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), fará a distribuição das vacinas aos municípios contemplados já nesta quinta-feira, 22.,
A administração da vacina contra a dengue é realizada em um esquema de duas doses com um intervalo de 3 meses entre elas. A Secretária de Estado de Saúde, Carmen Zanotto, destaca que vacinar as crianças contra a doença é importante, mas é apenas mais uma das estratégias de enfrentamento à doença.
– Devemos lembrar que o quantitativo de doses ainda é muito reduzido e apenas uma pequena parcela da população será contemplada. Então, devemos nos manter em alerta e vigilantes, na nossa casa, escola, ambiente de trabalho, eliminando locais que possam acumular água – ressalta a secretária.
A vacinação contra a dengue tem como objetivo reduzir as hospitalizações e óbitos decorrentes da doença. Para tanto, é necessário alcançar a meta de 90% para o esquema completo da vacinação, ou seja, a proteção está vinculada à segunda dose que deve ser aplicada com intervalo de 90 dias entre elas.
LISTA DOS MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS
Barra Velha |
Corupá |
Guaramirim |
Jaraguá do Sul |
Massaranduba |
São João do Itaperiú |
Schroeder |
Araquari |
Balneário Barra do Sul |
Garuva |
Itapoá |
Joinville |
São Francisco do Sul |
Foram selecionados para receber as doses da vacina, segundo o Informe Técnico Operacional da Estratégia de Vacinação contra a dengue em 2024, do Ministério da Saúde, “os municípios de grande porte (população maior ou igual a 100 mil habitantes) com alta transmissão de dengue nos últimos 10 anos, incluindo os demais municípios das suas regiões de saúde de abrangência, independentemente do porte populacional, ordenados pela predominância do sorotipo DENV-2 (reemergência recente) e pelo maior número de casos no monitoramento 2023/2024 (SE-27/2023 à SE-02/2024).
A ordem de distribuição das doses, ainda segundo o Informe Técnico, “foi definida seguindo três parâmetros: o primeiro é o rankeamento das Regiões de Saúde e Município, o segundo é o quantitativo de doses necessários para a população-alvo conforme a disponibilidade de doses (previsão de entrega pelo fabricante) e o terceiro é o cálculo do quantitativo total de doses entregue em apenas uma remessa ao município.”
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