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Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina mantém crescimento nas exportações e amplia em 54% o faturamento com os embarques em abril. No último mês, o agronegócio catarinense exportou mais de 50 mil toneladas de carne suína, gerando receitas que passam de US$ 123,7 milhões – o segundo maior valor da série histórica iniciada em 1997. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
“O resultado mostra a força do agronegócio catarinense. Santa Catarina, com 1,12% do território brasileiro, é um modelo para todo país. Reforço nosso reconhecimento e apoio para que os produtores rurais tenham ainda mais qualidade de vida e renda e sigam cumprindo sua importante missão de alimentar os catarinenses e o mundo”, disse o governador Carlos Moisés.
O desempenho no mês de abril consolida a retomada das exportações catarinenses de carne suína e a presença internacional em importantes mercados consumidores. Foram 50 mil toneladas embarcadas, o quinto melhor resultado já registrado pelo Estado, e 41,7% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
“Mais uma vez Santa Catarina se destaca no cenário nacional pela excelência do seu agronegócio. Abril foi um mês muito positivo para as exportações de carne suína, o que demonstra a qualidade da produção catarinense e traz um novo fôlego para o setor produtivo, que vem sofrendo com a alta no preço dos insumos. O bom desempenho do agro no mercado internacional impacta diretamente na economia do nosso estado, gerando empregos e renda para os catarinenses”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.
O faturamento também superou as expectativas e foi o segundo maior em 24 anos, ficando atrás apenas do registrado em março deste ano. Segundo o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, o resultado se deve ao crescimento nos embarques para a China, Chile, Hong Kong e Filipinas.
As exportações se tornaram a válvula de escape do setor produtivo para enfrentar os altos custos de produção. “Apesar dos bons resultados no mercado externo, o setor segue com preocupações, já que o milho e a soja, principais componentes da ração, não mostram sinais de arrefecimento. De qualquer forma, as exportações seguem sendo importantes para o enxugamento dos estoques internos, evitando desequilíbrios ainda maiores nos preços pagos aos produtores”, explica Alexandre Giehl.
Principais mercados
As Filipinas foram o grande destaque de abril. Santa Catarina ampliou em 1.271% o faturamento com os embarques para aquele país, que foi o quarto maior destino da carne suína produzida no estado no último mês.
A China segue como o maior comprador do produto, com 20,1 mil toneladas no último mês – 55,7% a mais do que no mesmo período de 2020. O Chile, segundo no ranking de exportações, também ampliou as importações em 130,6%.
Diferenciais da produção catarinense
Santa Catarina possui um status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.
O Estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.
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