ESTAVA JANTANDO NUMA BOA QUANDO A PF CHEGOU
Ação da PF foi feita na noite desta quarta-feira (16). Advogado disse ter desembolsado US$ 50 mil para recomprar um relógio de luxo vendido irregularmente por assessores de Bolsonaro.
O advogado Frederick Wassef, que admitiu ter desembolsado quase US$ 50 mil para recomprar um relógio de luxo vendido irregularmente por assessores de Jair Bolsonaro, foi alvo de uma busca pessoal autorizada pela Justiça na noite desta quarta-feira (16).
Segundo pessoas que acompanharam a abordagem, Wassef foi localizado pela Polícia Federal (PF) em uma churrascaria que fica dentro de um shopping, na Zona Sul de São Paulo, e teve o celular apreendido. Outras pessoas estariam no estabelecimento e acompanharam o procedimento. Wassef pareceu surpreso, mas não manifestou qualquer resistência. Além do celular apreendido, ele teve o carro revistado.
Na última sexta (11), quando a PF deflagrou a operação sobre a venda e recompra irregular de joias destinadas ao governo brasileiro, Wassef não foi localizado. Por isso, a busca pessoal nesta quarta. Ao todo, quatro policiais do Setor de Inteligência da PF estavam procurando por Wassef desde o início da tarde desta quarta, em São Paulo. Os agentes percorreram restaurantes da Zona Sul da capital para encontrar o advogado.
Outro ponto que está sendo analisado pela PF é um arsenal que o advogado tem registrado no Exército. As armas, incluindo um fuzil, precisam obrigatoriamente estarem vinculadas a um endereço. No entanto, quando os agentes estiveram em um endereço de Wassef durante a operação de sexta-feira, nada foi localizado. Agora, a PF quer saber onde estão as armas e se elas foram recadastradas.
Por Daniela Lima e Bruno Tavares