CÚPULA DOS PAÍSAES AFRICANOS ENVIOU A PROPOSTA NO MÊS PASSADO
Presidente russo, Vladimir Putin, cumprimenta membros da cúpula africana durante reunião em São Petersburgo no dia 28 de julho de 2023 — Foto: Sergey Bobylev/TASS Host Photo Agency via REUTERS
O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje (28) a líderes africanos que Moscou respeita a proposta de paz na Ucrânia enviada por eles e que está estudando-a cuidadosamente.
Já Kiev disse que não está preparada para entrar em negociações enquanto a Rússia – que começou a guerra há 17 meses – detém um quinto do território ucraniano.
Os líderes da cúpula africana apresentaram sua iniciativa de paz no mês passado a Putin e ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Entretanto, a versão não conseguiu ganhar força com nenhum dos lados.
“A iniciativa africana (de paz) merece a maior atenção, não deve ser subestimada”, disse o presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, a Putin e outros líderes africanos em São Petersburgo. “Mais uma vez, pedimos com urgência a restauração da paz na Europa”.
Putin inicialmente fez uma lista de queixas russas contra a Ucrânia e o Ocidente, enquanto Zelensky rejeitou a ideia de um cessar-fogo que deixaria a Rússia no controle de quase um quinto da Ucrânia e daria às forças russas tempo para se reagruparem.
Presidente russo, Vladimir Putin, cumprimenta o presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, em encontro em São Petesburgo no dia 28 de julho de 2023 — Foto: Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS
GRÃOS PARA A ÁFRICA
Já no segundo dia da cúpula Rússia-África, Putin disse também que Moscou está aumentando o fornecimento de alimentos para a África, incluindo alguns embarques gratuitos de grãos. O líder russo afirmou que Moscou está aumentando as exportações agrícolas e continuaria sendo um fornecedor confiável de alimentos.
A cúpula africana pressionou Putin pedindo para que ele renovasse o acordo de exportação sobre o Mar Negro, rompido com a Ucrânia no último dia 17. Além disso, a Rússia cancelou R$ 109 bilhões em dívidas, disse Putin, sem informar em que período de tempo ou nomear quais seriam os países envolvidos.
Por Victor Cinzento, g1
