Fiscalizações e combate ao mosquito não podem parar
Com as condições climáticas favoráveis à reprodução do mosquito, há o risco de aumento dos casos de doenças transmitidas pelo vetor, como a dengue, chikungunya e zika-vírus nas próximas semanas.
– No ano passado tivemos o pico da doença em abril e maio, esse ano iniciou em fevereiro e agora a epidemiologia está prevendo a antecipação entre novembro e dezembro, provavelmente com o pico em janeiro e fevereiro. Então estamos preparando a rede e dialogando com os municípios, mas iremos reforçar agora uma campanha nas mídias para pedir que a população nos ajude, já que 70% e 80% dos focos estão dentro das casas. O poder público vai até um ponto, em ações como nós estamos fazendo com o DETRAN, limpando pátios, mas a gente precisa da colaboração de todos – alerta o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Dermarchi Silva.
AÇÕES
Ao longo de 2024, a SES, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) tem prestado suporte técnico a todos os municípios nas atividades de controle do vetor e vigilância dos casos. Isso inclui a distribuição e aplicação de inseticidas, capacitação de equipes, visitas e reuniões técnicas, a criação de comitês para análise de óbitos relacionados a zoonoses e a ampliação de leitos hospitalares para atender pacientes com complicações clínicas.
Além das ações contínuas, as atividades estão sendo intensificadas para enfrentar o cenário atual. Em colaboração com os municípios, a secretaria solicitou ao Ministério da Saúde a expansão da vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 14 anos e o aumento do financiamento para agentes de combate às endemias (ACE).
Estão programadas atividades como capacitação de agentes, reuniões com municípios sobre vigilância e controle de vetores, discussão de planos de contingência, investigação de óbitos, manejo clínico, além de um seminário estadual e uma campanha de recolhimento de pneus. A SES também está adquirindo novos veículos e equipamentos para aplicação de inseticidas.
Entre as iniciativas educativas, os municípios foram incentivados a utilizar datas comemorativas, como o aniversário do SUS (19 de setembro) e o Dia D (23 de novembro), para promover ações de controle do mosquito e engajamento comunitário.
A SES ENFATIZA QUE MEDIDAS SIMPLES EM CASA PODEM ELIMINAR OS CRIADOUROS:
– Evite o acúmulo de água da chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos.
– Não acumule materiais descartáveis em terrenos baldios ou quintais.
– Mantenha piscinas tratadas com cloro ou esvazie-as completamente se não estiverem em uso.
– Limpe lagos e tanques ou crie peixes que se alimentem de larvas.
– Lave com escova e sabão os recipientes de água e comida de animais de estimação semanalmente.
– Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova a água acumulada nas folhas duas vezes por semana.
– Mantenha lixeiras tampadas, evite o acúmulo de lixo e guarde pneus em locais secos e cobertos.
NÚMEROS
Em 2024, Santa Catarina registrou 366.272 casos prováveis de dengue e 336 mortes associadas ao vírus. Foram confirmados 48.814 focos do mosquito Aedes aegypti em 254 municípios, sendo que 172 deles são considerados infestados.
Por Ascom/ SES
Foto: Divulgação/Ascom SES