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SAÚDE LANÇA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO USO DE CIGARROS ELETRÔNICOS

Iniciativa marca Dia Mundial sem Tabaco é comemorado nesta sexta-feira.

DIA MUNDIAL SEM TABACO

Todos os anos, em 31 de maio, a OMS e seus parceiros em todos os lugares comemoram o Dia Mundial Sem Tabaco, destacando os riscos à saúde associados ao uso do tabaco e defendendo políticas eficazes para reduzir o consumo de tabaco. O uso do tabaco é a causa de morte mais evitável em todo o mundo e atualmente é responsável pela morte de um em cada 10 adultos em todo o mundo. “Tabaco, uma ameaça ao meio ambiente”. O impacto nocivo da indústria do tabaco no meio ambiente é vasto e crescente, adicionando uma pressão desnecessária aos já escassos recursos e ecossistemas frágeis do nosso planeta. O tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas todos os anos e destrói nosso meio ambiente, prejudicando ainda mais a saúde humana, por meio do cultivo, produção, distribuição, consumo e resíduos pós-consumo.

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O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram na última quarta-feira (29) uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos – que também são prejudiciais à saúde dos usuários. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a pasta em nota.

Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, lembrado nesta sexta-feira (31) e que, este ano, tem como tema “Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco”.

– Por meio de linguagem jovem, a campanha visa a promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.

NÚMEROS

Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelam que, em 2019, 16,8% dos estudantes no Brasil com idade entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo 13,6% com idade de 13 a 15 anos e 22,7% com 16 e 17 anos. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).

A variação regional foi significativa, com maior experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional o Nordeste (10,8%) e o Norte (12,3%). Houve ainda aumento dos estudantes de 13 a 17 anos que declararam consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, com o percentual passando de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.

PREJUÍZOS

O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.

– Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas – ressaltou a pasta. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental”.

Ainda de acordo com o ministério, o consumo de tabaco é considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de saúde classificadas como “debilitantes”.

– Alguns estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em mulheres grávidas pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral do feto. Já a exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.

ANVISA

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução proibindo a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil. Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

NOTA DA REDAÇÃO: O dia 31 de maio é dedicado à conscientização sobre os riscos que o hábito de fumar traz para a saúde. Nossa sugestão é para que você não entre nessa “fria”, pois se entrar poderá ter sua saúde prejudicada. “Fumar – apague essa ideia”!

Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Edição: Graça Adjuto

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