SETE DE SETEMBRO: DESFILE EM BRASÍLIA VALORIZARÁ VACINAÇÃO E DEFESA DA AMAZÔNIA

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COM ISSO, GOVERNO ESPERA UNIR AS PESSOAS

Evento é planejado com base em quatro eixos temáticos e deverá ter programações inéditas em Brasília. Planalto tenta afastar histórico de manifestações antidemocráticas, registradas em anos anteriores. O tradicional desfile do 7 de Setembro, em Brasília, contará com inovações em 2023. Planejada em quatro eixos temáticos, a celebração vai valorizar, entre outros pontos, a ciência e a defesa da Amazônia. O evento deste ano, primeiro do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representará um esforço do governo para afastar os registros antidemocráticos observados nos últimos dois anos.

O novo tom buscado pelo Planalto estará estampado no slogan do evento: “Democracia, soberania e união”.

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, as comemorações deste ano vão “resgatar” os valores da República e símbolos oficiais.
“Nossa mensagem principal com esta celebração nacional é a de união das pessoas, das famílias. Nação quer dizer ‘união de um povo’, sentimento de pertencimento. Vamos resgatar os valores da República, os símbolos oficiais, como a Bandeira do Brasil e o Hino Nacional. Exaltar esses símbolos nacionais é fundamental para reavivar o que está na Constituição brasileira.”
O 7 de Setembro celebra a Independência do Brasil, que completará 201 anos. Os desfiles tiveram início, segundo o Arquivo Histórico do Exército, a partir da proclamação da República, em 1989. Nos últimos dois anos, porém, o evento cívico-militar ganhou repercussões que ultrapassaram o caráter oficial. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o espaço para disparar ataques a autoridades do Judiciário, e manifestações paralelas convocadas junto a apoiadores exibiram faixas e discursos antidemocráticos, com pedidos de intervenção militar.

Para distanciar o passado recente, Paulo Pimenta afirma que o desfile terá quatro eixos temáticos: paz e soberania; ciência e tecnologia; saúde e vacinação e defesa da Amazônia.
“São temas que se mostram, a cada ano, mais caros ao povo brasileiro e que voltam a ser muito valorizados pela gestão do presidente Lula”, diz Pimenta.
Em parceria com as Forças Armadas, o Planalto também prepara programações paralelas inéditas para o evento, entre as quais uma exposição multimídia na Esplanada dos Ministérios.

O DESFILE

O desfile de 7 de Setembro em Brasília ocorrerá na Esplanada dos Ministérios, no centro da capital federal. Com expectativa de reunir cerca de 30 mil pessoas, o evento está previsto para as 9h e deve durar 2 horas. Segundo a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, a celebração contará com o tradicional show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB). Ministros, chefes de Poderes e representantes das Forças Armadas estarão ao lado de Lula na tribuna de honra, que deve reunir cerca de 200 convidados.

A pedido do g1, a Secom informou que alguns itens não serão permitidos no dia 7: Fogos de artifício e similares; armas de fogo e simulacros; apontador a laser ou similares; artefatos explosivos; sprays e aerossóis; mastros para sustentar, ou não, bandeiras, cartazes; garrafas de vidro e latas; drogas ilícitas; substâncias inflamáveis de qualquer tamanho ou tipo; armas brancas ou qualquer objeto que possa causar ferimentos.
Na última quinta (31), o governo do Distrito Federal pediu apoio à Força Nacional para realizar a segurança do desfile.

USO ELEITORAL

O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga suposto uso eleitoral, em 2022, dos desfiles do 7 de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro. O PDT, autor da ação, afirma que houve abuso de poder político e econômico pelo uso do cargo e de estrutura para “desvirtuar o evento para promoção de sua candidatura”. Segundo a sigla, os gastos com o evento alcançaram R$ 3,38 milhões.Na última semana, a Corte Eleitoral deu início à fase de depoimentos na ação. Já foram ouvidos o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); e Eduardo Maragna, que integra a equipe do cerimonial do Ministério da Defesa.
Em setembro passado, ainda durante a campanha ao Planalto, o TSE chegou a impedir o uso de imagens dos atos em propaganda eleitoral da chapa encabeçada por Bolsonaro.
Em julho de 2023, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, multou Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto, candidato a vice, em R$ 110 mil por descumprirem decisão para excluir conteúdos captados durante o desfile.

Por Rafael Holanda, Pedro Henrique Gomes, g1 — Brasília

Redação
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