O cidadão André de Oliveira, ocupou a Tribuna do Povo da Câmara de Itapema na última Sessão Ordinária, realizada no dia 19/02, em defesa do meio ambiente do município. André relembrou a atuação da Comissão Especial de Água e Esgoto, formada pelo legislativo itapemense em 2013, que emitiu um relatório apontando que: “os laudos são conclusivos quanto à poluição, presença de agentes tóxicos na água e no esgoto, reveladores de que a empresa, quanto ao seu equipamento, não tem condições de fornecimento de água potável e, muito menos, de esgoto tratado, haja vista a poluição permanente que vem sofrendo o manancial e os rios da Fita e Perequê”.
Oliveira chamou atenção para o fato de, anos depois, os problemas se repetirem. “Chegamos em 2019 novamente com essa polêmica, quando o Executivo deflagrou na alta temporada uma investigação, realizando ações com base em denúncia que a CONASA estava jogando esgoto diretamente no rio Perequê e rio da fita”, pontuou.

André questionou o porquê da atual administração – sendo a atual prefeita, Nilza Simas, ex-vereadora de Itapema com mandato em 2013, e tendo conhecimento do relatório da Comissão Especial da Água – deflagrar essa operação em plena temporada, conhecendo todo o histórico da concessionária. “Essa ação da Prefeitura prejudicou bastante o turismo, e agora entre as perguntas que ficam é se não há uma certa irresponsabilidade por parte do Executivo. São dois anos de mandato da prefeita e, pelo que apurei, nenhuma fiscalização antes. Aí vem essa operação, afeta a temporada e ficamos esperando o resultado que isso vai gerar”, disse.
No seu pronunciamento, André Oliveira destacou que, “se a Conasa não dá conta de tratar a água e o esgoto, que isso seja apurado e que uma sanção por via administrativa seja feita, até porque o responsável por fiscalizar o contrato – a Aresc – e a Prefeitura podem tomar várias sanções administrativas para cobrar que a CONASA cumpra as metas do Plano Municipal de Saneamento Básico”. Ele sugeriu aos vereadores que busquem ações concretas para investigar não só a Conasa, mas também o Executivo com base nessas ações. “Essa questão da situação de emergência, contrato emergencial que dispensou uma licitação, acho que de R$ 346 mil, isso precisa ser apurado e a gente precisa entender o que aconteceu”, cobrou. André se referiu ao edital lançado pela Prefeitura no dia 14/01/19, para contratar “consultoria para elaboração de diagnóstico e laudo técnico sobre o sistema de esgotamento sanitário do município”.
Antes de encerrar seu pronunciamento, o itapemense cobrou resultados. “A gente quer saneamento na nossa cidade e quer entender o porquê de todo esse barulho. Queremos saber se há outros interesses por trás, ou se realmente é pra resolver o problema de saneamento de Itapema. A gente quer resultados diante de tudo isso”, concluiu.