PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DESTACA HARMONIA NA RELAÇÃO ENTRE PODERES

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (17), que a relação entre os poderes é harmônica e, ao mesmo tempo, agitada no Brasil. Segundo Alckmin, esse cenário decorre do ambiente de diálogo, uma característica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Tribunal mantém condenação de padrasto por abusar sexualmente de enteada em Blumenau

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Por unanimidade, a 4a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em matéria sob a relatoria do desembargador Carlos Roberto da Silva, decidiu manter a condenação por atentado violento ao pudor contra vulnerável praticado por um padrasto contra a sua enteada, em Blumenau, no Vale do Itajaí. Pela prática do crime durante quatro anos seguidos, em função de a vítima ser menor de 14 anos e pelo autor ser padrasto, o homem foi condenado a pena de 16 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. A menina tinha 11 anos quando os abusos começaram e, por isso, o processo transcorreu em segredo de Justiça.

Os abusos foram descobertos apenas em junho de 2005, quando o réu foi buscar a enteada na escola com a desculpa que lhe daria uma carona. Ao invés de ir para casa, o padrasto levou a jovem até uma localidade deserta em um morro. Após agredir a vítima com tapas no rosto, obrigou que a mesma retirasse a roupa e começou a passar a mão nas partes íntimas. Para evitar que a menina contasse o abuso para alguém, o padrasto a ameaçou de morte e disse que faria o mesmo com a sua mãe.

Apavorada, a jovem buscou abrigo na casa de uma tia e revelou os abusos. O boletim de ocorrência foi registrado e todos os familiares descobriram que a violência já acontecia há quatro anos, pelo menos, durante duas vezes na semana. Apesar da tentativa do homem, a enteada evitou a conjunção carnal diversas vezes com empurrões e gritos. Em 2003, antes do caso ser revelado para a polícia, a menina escreveu uma carta para uma de suas primas revelando os abusos do padrasto.

Após a condenação em 1º grau, o padrasto recorreu e pediu absolvição por insuficiência de provas. Ele alegou que a menina inventou a história porque a proibia de sair com as amigas, mas a apelação foi negada. “O conteúdo da carta por si causa assombro, mas, em especial, dois pontos chamam a atenção: o primeiro é a data em que esta foi redigida (9-7-2003), dois anos antes da data em que os fatos foram revelados pela jovem, em 25-6-2005. Não é crível que uma pré-adolescente de 13 anos estivesse arquitetando um plano tão maquiavélico contra seu padrasto, para incrimina-lo muito tempo depois, por meio do envio de uma correspondência à pessoa de sua confiança. Outra questão que salta aos olhos é que a menor escreveu que ‘eu prefiro morrer do que ser espancada e estuprada de novo’, o que evidencia que a vítima já havia passado por outras situações, anteriores à data da própria correspondência, compatíveis com os ilícitos de que foi vítima”, disse em seu voto o relator e desembargador Carlos Roberto da Silva. A sessão foi presidida pelo desembargador Alexandre d’Ivanenko e dela também participou o desembargador José Everaldo Silva.

Ângelo Medeiros – Reg. Prof.: SC00445(JP)
Textos: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino

Redação
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